RECADO DE CID AUMENTA PRESSÃO SOBRE EUNÍCIO OLIVEIRA
A um dia do fim do prazo estipulado pelo PMDB para
que o governador Cid Gomes (Pros) decida se apoiará ou não a candidatura de
Eunício Oliveira ao Governo, aumentou a pressão sobre o senador depois de Cid
declarar ao O POVO, com exclusividade, que “nem o Eunício me deve nem eu devo
nada a ele”.
“Se o Eunício está com a candidatura irreversível e
o Cid coloca que o candidato dele não está definido, é porque não é o Eunício.
O recado foi bem claro”, disse ontem o deputado Danilo Forte (PMDB-CE).
O quase oficial rompimento pode implicar a entrega
dos cargos que o PMDB tem no governo, como já vem sendo defendido por gente do
partido de Cid, a exemplo do deputado federal Edson Silva (CE), e por
correligionários de Eunício.
Rumos diferentes
Presidente
do PMDB no Ceará, Eunício indicou titulares para três pastas do governo. Para
Danilo Forte (PMDB-CE), passou da hora de o partido abrir mão desses postos.
“Defendo há muito tempo a liberação dos cargos, não
pelo motivo eleitoral, mas pela própria omissão desses indicados com relação à
execução das políticas públicas. Por exemplo: qual é o papel do César Pinheiro
na Secretaria de Recursos Hídricos? Não vejo ele inaugurando um poço, um
chafariz”.
Segundo Danilo, “quando a gente fala de secretário
do Cid, fala na Izolda (Cela, ex-secretária de Educação), no Servilho (Paiva,
secretário de Segurança). A gente não escuta falar no PMDB”.
Em fevereiro, Eunício afirmou ao programa Jogo
Político, da TV O POVO, que o PMDB esperaria até 30
de abril pelo apoio de Cid à sua candidatura. “Não sendo possível entendimento
entre a aliança, cada um vai cuidar do seu rumo”, declarou então.
O POVO tentou ouvir Eunício ontem. Ao longo da tarde, as ligações não foram
atendidas. À noite, o senador disse que estava em reunião no Palácio do
Planalto e não poderia conversar. As chamadas para o vice-prefeito de Fortaleza
e vice-presidente do PMDB cearense, Gaudêncio Lucena, não foram atendidas.
Fonte: O POVO