Denúncia no Tribuna do Ceará sobre propina no Governo Cid Gomes ganha repercussão nacional
Levantamento
mostra que em 2014, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas
receberam créditos tributários e doaram para campanhas no CE
A denúncia sobre Ceará
ganhou repercussão nacional. A prática, revelada na delação do empresário
Wesley Batista, é tratada e denúncia
sobre Ceará ganhou repercussão
nacional. A prática, revelada na delação do empresário Wesley Batista, é
tratada em manchete do jornal O Globo nesta segunda-feira (29) como uma
prática desconhecida de alguns governos estaduais em troca de propina para
campanhas política.
Segundo
a reportagem, as delações premiadas da Operação Lava Jato mostraram que o
esquema era operado em pelo menos cinco estados: Rio Grande do Sul, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará.
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manchete do jornal O Globo nesta segunda-feira (29) como uma
prática desconhecida de alguns governos estaduais em troca de propina para campanhas
política.
Segundo
a reportagem, as delações premiadas da Operação Lava Jato mostraram que o
esquema era operado em pelo menos cinco estados: Rio Grande do Sul, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará.
De acordo com o levantamento do O
Globo, o esquema funcionava da seguinte forma: o governo estadual não repassa
às empresas os devidos créditos fiscais e deixa o dinheiro dos créditos
acumularem. Quando chega o período eleitoral, o governo negocia o pagamento dos
créditos atrasados em troca de uma “contribuição” para a campanha política, ou seja,
a máquina pública repassa o valor em débito e o político lucra, por fora, com a
propina para as eleições.
O
conteúdo das delações de Wesley Batista que citam o ex-governador Cid Gomes
mostra que o pagamento dos créditos tributários só era liberado caso houvesse o
repasse extra dos empresários. Em vídeo de depoimento, Wesley Batista relata
episódios ocorridos no Ceará em 2010 e 2014. Segundo ele, foram pagos R$ 24,5
milhões a Cid Gomes e a pessoas apontadas por ele.
A JBS é
dona da empresa Cascavel Couros.
Em 2010, conforme Wesley, a empresa pagou propina de R$ 4,5 milhões a Cid para
receber os créditos. Porém, nos anos seguintes, os pagamentos foram suspensos e
acumularam novamente, até que, em 2014, Cid teria enviado o então secretário da
Casa Civil Arialdo Pinho e o ex-deputado federal, Antônio Balhmann para
negociar o esquema de propina. Na ocasião, o pagamento de R$ 110 milhões em
créditos fiscais só foram pagos mediante o repasse de R$ 20 milhões para
campanha eleitoral naquele ano – contou Wesley em depoimento prestado em 4 de
maio de 2017.
Outras
empresas no Ceará
Um levantamento da TV Jangadeiro apurou que em 2014, durante o governo de Cid Gomes, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas receberam créditos do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) e, pouco depois, também doaram valores altos para a campanha eleitoral do sucessor de Cid Gomes.
Um levantamento da TV Jangadeiro apurou que em 2014, durante o governo de Cid Gomes, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas receberam créditos do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) e, pouco depois, também doaram valores altos para a campanha eleitoral do sucessor de Cid Gomes.
Na
reportagem do O Globo, são mostrados casos semelhantes. Na delação dos
executivos da empreiteira Odebrecht, foram relatados esquemas no Rio Grande do
Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já na delação da JBS, os mesmo ocorreu
em Minas Gerais, durante governo de Aécio Neves, e no Ceará. Também foi
relatado um esquema parecido na esfera federal, mais precisamente na unidade da
Receita em São Paulo. Somados, os casos envolvem pagamento de R$ 198,65 milhões
em propina para a liberação de R$ 3,177 bilhões em créditos fiscais.
Fonte:
Tribuna do Ce
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