'O povo é chamado pras ruas por corruptos notórios', diz Ciro Gomes
O
ex-ministro esteve em Belém para convenção estadual do PDT.
Ele falou sobre a insatisfação popular e criticou o pedido de prisão contra Lula.
Ele falou sobre a insatisfação popular e criticou o pedido de prisão contra Lula.
O ex-ministro Ciro Gomes participou da convenção
estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Pará, neste sábado (12),
em Belém. Ele, que já foi anunciado pelo
presidente do partido, Carlos Lupi, como pré-candidato à presidência da
república, preferiu não dar como certa essa condição. “Eu vim para apoiar o
partido. Se amanhã, no entanto, o PDT quiser que eu seja candidato, serei com
muito entusiasmo”, afirma.
Ciro se manifestou sobre a crise política do país.“Há
uma exasperação de ódio provocado por esse confronto miúdo entre PT e PSDB que
tem se espalhado pelo país inteiro”, diz. Para o político, há oportunismo na
convocação da população para o protesto nacional contra o PT, previsto para
ocorrer em diversas cidades do país no domingo (13).
“O Brasil
corre riscos extraordinários. Tá ai o nosso povo sendo chamado pras ruas por
corruptos notórios para defender uma coisa que não tem cabimento, nem pé, nem
cabeça. A população, com razão, está muito aborrecida com as condicionantes gerais
do governo na área da economia, mas também nos sinais contraditórios de
decência. Sabemos nós que a presidente Dilma é uma pessoa decente”, comenta
Ciro Gomes.
Com a
militância do PDT mobilizada, o ex-ministro acredita que duas tarefas precisam
ser realizadas. “Proteger a democracia, proteger seus ritos, seus valores que
estão em risco grave no momento; e forçar a mão, reivindicar, suplicar que o
governo mude de rumo”, afirma.
Na peça de
denúncia, completamente risível, senão fosse trágica, pede-se a prisão
preventiva de um homem que nunca se recusou a comparecer à Justiça. Lula sequer
foi acusado"
Ciro Gomes
Pedido de
prisão de Lula "é um disparate"
Gomes criticou duramente o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, solicitada pelo Ministério Público de São Paulo. “É um dos maiores disparates políticos que eu já vi. Na peça de denúncia, completamente risível, senão fosse trágica, você pedir a prisão preventiva de um homem que nunca se recusou a comparecer à Justiça, acaba de sair da presidência da república e não pode se esconder em qualquer lugar do planeta porque é uma das personalidades mais conhecidas do mundo, não passa de um disparate”, critica.
Gomes criticou duramente o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, solicitada pelo Ministério Público de São Paulo. “É um dos maiores disparates políticos que eu já vi. Na peça de denúncia, completamente risível, senão fosse trágica, você pedir a prisão preventiva de um homem que nunca se recusou a comparecer à Justiça, acaba de sair da presidência da república e não pode se esconder em qualquer lugar do planeta porque é uma das personalidades mais conhecidas do mundo, não passa de um disparate”, critica.
Para Ciro
Gomes, o pedido trata-se de uma arbitrariedade. “Você só pode subtrair a
liberdade de uma pessoa depois de presumida a sua inocência, se instalar um
contraditório, garantir sua ampla defesa, se atribuir o ônus da prova, e todos
os recursos comprovados. Lula nem sequer foi acusado”, critica.
Candidato à
presidência
Sobre confirmar a candidatura, Ciro afirma que há liberdade para que o PDT tenha o próprio representante nas próximas eleições, mesmo o partido sendo uma das alianças de apoio ao Governo Dilma. “Isso sendo fato, nós não estaremos no governo. Nós não temos a menor vocação pra ser traíra ou desleal. Nesse momento, estamos com o governo e nos sentimos 'co-obrigados' a responder pelas contradições do governo, porém temos autonomia, dada pela própria presidenta Dilma, para formular nosso própria pressão para que ela mude de rumo, e mude já, urgente, enquanto o povo ainda pode se reconciliar com ela”, declara.
Sobre confirmar a candidatura, Ciro afirma que há liberdade para que o PDT tenha o próprio representante nas próximas eleições, mesmo o partido sendo uma das alianças de apoio ao Governo Dilma. “Isso sendo fato, nós não estaremos no governo. Nós não temos a menor vocação pra ser traíra ou desleal. Nesse momento, estamos com o governo e nos sentimos 'co-obrigados' a responder pelas contradições do governo, porém temos autonomia, dada pela própria presidenta Dilma, para formular nosso própria pressão para que ela mude de rumo, e mude já, urgente, enquanto o povo ainda pode se reconciliar com ela”, declara.
O líder do
PT no Senado, Paulo Rocha, também compareceu à convenção do PDT. Ele acredita
que uma candidatura de Ciro Gomes seria uma alternativa para dar continuidade
ao projeto de governo vigente. “Para 2018, é importante ter candidaturas que
possam assegurar a continuidade das mudanças no nosso país. O PT naturalmente
vai ter seu candidato, e os companheiros do PDT têm direito também de lançar
uma alternativa. Acho que eles têm quadro para poder ser uma alternativa de
poder e dar continuidade aos avanços e conquistas do nosso país”, afirmou o senador.
Fonte: G1 PA
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