Cid Gomes chama Eduardo Cunha de “vagabundo” e diz não acreditar em Lula 2018
O ex-governador cearense e ex-ministro
Cid Gomes, que foi demitido da Educação após chamar o deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) de “achacador”, afirma que o governo Dilma deveria tentar
enfrentá-lo, ao invés de buscar qualquer tipo de acordo ou composição com o
presidente da Câmara dos Deputados. ”O governo está se acovardando diante de
Cunha. Está faltando coragem para enfrentá-lo. Passaram-se sete meses e as
pessoas me cumprimentam pela minha postura na Câmara. Chego a um lugar onde foi
feito um investimento extraordinário quando eu era governador, e a pessoa vem
me cumprimentar não é por isso, é pelo meu discurso na Câmara”, disse ele, em
entrevista à jornalista Júnia Gama, no jornal O Globo.
“Essas coisas encontram eco popular. O
povo está cheio disso. O governo tentar acordo com uma figura como essa não
contribui em nada para que ele resgate sua popularidade. Pode até ficar até o
fim, mas sem popularidade, qual o retorno disso? Só vale a pena estar no
governo para estar bem com o povo. Estar no poder sobrevivendo, sem ter
respaldo popular, para que serve isso?”
Na entrevista, Cid voltou a disparar
contra Cunha. “Ele tem toda a prática do que chamei de achacador. É um ser
abjeto, nojento, uma pessoa que passa o tempo criando dificuldades para o
Executivo para arrancar vantagens. No caso dele, pessoais. Fortuna. Ele não
está na presidência da Câmara à toa, porque ele representa hoje um estilo que é
majoritário na Câmara. É um vagabundo que se aproveita do poder político. Para
mim, é um morto-vivo.”
Cid afirmou ainda que, se estivesse no
lugar de Dilma, agiria diferente. “Eu iria para uma medida extrema. Quando se
está com a razão, tem que enfrentar, mesmo se expondo à chantagem ou ações
oportunistas. O povo é que é o juizado. Está faltando ao governo acreditar
nisso.”
Lula e Ciro Gomes
Sobre 2018, o ex-ministro disse
duvidar da candidatura de Lula, pelo PT. “Lula não é anjo, nem demônio. Fez
muitas coisas importantes, há evolução em várias áreas nos últimos quinze anos.
Por outro lado, Lula é responsável pela institucionalização do loteamento, com
vistas grossas, das estruturas públicas”, disse ele. “Boa parte do problema que
Dilma está enfrentando com o meio político é porque ela resistiu muito a
aceitar isso. Aquela história de faxina não era da boca para fora.”
“Não acredito jamais que Lula seja
candidato. Só se for burro, coisa que ele não é. Quem foi presidente duas vezes
tem que cuidar do seu legado, da sua história”, diz Cid, que aposta no irmão
Ciro. Segundo o ex-ministro, o temperamento explosivo é coisa do passado. “Boa
parte era ímpeto da juventude. Naturalmente, ele amadureceu nesse aspecto. Mas
boa parte foi oportunismo da oposição.”
* Veja
aqui a entrevista no
O Globo.
0 Comentários:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial