Governo quer queda rápida de presidente da câmara
Para tentar evitar um cenário de paralisia, o Palácio
do Planalto vai orientar seus aliados no Congresso a trabalhar por um desfecho
rápido da crise que atingiu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A equipe da presidente Dilma Rousseff avalia que o
melhor é acelerar uma saída de Cunha do comando da Casa, costurando nos
bastidores para que a presidência da Câmara continue com o PMDB.
Segundo assessores presidenciais, a situação de Cunha
ficou insustentável com as novas revelações sobre suas contas na Suíça, mas o
governo teme que o deputado consiga se manter no comando da Casa até o fim do
ano.
Nesta hipótese, o Planalto teme que votações de seu
interesse, como a renovação da DRU (mecanismo que desvincula receitas da União)
e o Orçamento de 2016, fiquem paralisadas, contribuindo para agravar a crise
econômica.
O governo sabe que Cunha tentará resistir e seguirá
ameaçando acatar um pedido de impeachment contra Dilma. Avalia, porém, que ele
perdeu credibilidade para comandar o processo.
A expectativa é que até a oposição passe, de forma
mais veemente, a cobrar a saída do peemedebista para preservar a imagem da
Câmara.
O comando do PMDB também avalia como inevitável a
saída de Cunha e já discute nomes para substituí-lo.
Se Cunha realmente renunciar, como é a aposta da
maioria da legenda, quem assume é o vice, Waldir Maranhão (PP-MA). Ele teria
cinco sessões para convocar novas eleições. O eleito assumiria o comando da
Câmara pelo tempo que restaria a Cunha, ou seja, até janeiro de 2017.
Fonte: Uol.com
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