Após reunião com Camilo, Dilma estuda ampliar recursos para o Ceará
Em reunião com
governador Camilo Santana (PT), a presidente teria pedido que os ministérios
reavaliassem os o fluxo de recursos de acordo com as novas necessidades do
Estado, que teve aumento no número de hospitais
A audiência do governador
Camilo Santana (PT) com a presidente Dilma Rousseff (PT) na tarde ontem, em
Brasília, tratou de dois temas principais: seca e saúde. Dilma pediu que os
ministérios “avaliassem” os números da saúde do Ceará para alinhar demanda e
recursos. O Planalto também reafirmou a intenção de continuar as obras de
transposição do rio São Francisco.
Segundo Camilo Santana, a
presidente “compreendeu” que as necessidades do Estado aumentaram nos últimos
oito anos, enquanto houve “desequilíbrio” nos investimentos da União. “Há uma
necessidade de termos mais recursos ou uma nova fonte de financiamento para a
saúde”, afirma ele.
O governador sugere que, se
aprovado, o imposto sobre grandes fortunas poderia ser uma fonte de verbas para
a área. “Nós temos um subfinanciamento da saúde brasileira”, diz Camilo. Ele
explica que o Ceará é o sétimo estado do País que mais aplica receita corrente
líquida na saúde. Em contrapartida, a União contribuiu quatro vezes menos que o
Estado em investimentos no setor.
Desde o início do ano,os
problemas da saúde no Estado vêm se agravando. Denúncias de falta de insumos,
longa espera por cirurgias e atendimentos nos corredores dos principais
hospitais da rede pública têm sido constantes. Surtos de dengue e sarampo
deixaram a situação ainda mais delicada. O drama no setor criou o cenário para
a saída do secretário Carlile Lavor, no início de maio.
Camilo teve uma agenda
cheia em Brasília, com reuniões com o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB) e governadores do Nordeste, e encontros com os ministros Aldo Rebelo
(Ciência e Tecnologia), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Joaquim Levy
(Fazenda).
De um lado, a presidente
negocia com o Congresso para aprovar medidas de ajuste fiscal e está prestes a
anunciar decreto que prevê quase R$ 80 bilhões de contingenciamento do
Orçamento. De outro, o governador cearense pede mais dinheiro para o Estado.
Diante do arrocho, Camilo
se diz preocupado com o recuo de gastos, mas declara: “É minha obrigação, como
governador, defender os interesses do Ceará”.
Fonte: Jornal O POVO
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