PDT se afasta dos petistas em 20 Estados
A votação em bloco dos 19
deputados do PDT contra o ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff foi um
sintoma. Outro foram as declarações do presidente nacional do partido, Carlos
Lupi, que disse numa reunião interna que o PT “roubou demais”, segundo o jornal
O Estado de S. Paulo. “O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobras. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais”, disse Lupi na ocasião.
O Estado de S. Paulo. “O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobras. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais”, disse Lupi na ocasião.
Mirando as eleições de
2016, o PDT já articula a formação de uma bancada “independente” no Congresso
Nacional e negocia alianças inclusive com partidos de oposição para lançar
candidatos a prefeito e vice-prefeito na maioria das capitais.
Apesar de ocupar o
Ministério do Trabalho desde 2007 e de ser um aliado histórico dos petistas, o
PDT viu sua parceria com o PT minguar depois das eleições de 2014. Em ao menos
20 estados, os pedetistas estão parcial ou totalmente em campo oposto ao dos petistas
“O PT quer receber nosso
apoio, mas é difícil ter reciprocidade. E isso vai ser levado em conta pelos
membros do partido na hora de deliberar sobre a aliança nacional”, afirma o
presidente do PDT, Carlos Lupi.
Nos dois estados governados
pelo PDT e nos cinco comandados pelo PT, a aliança dos dois partidos é sólida
apenas em um: no Acre. No Amapá e em Mato Grosso, governados pelos pedetistas
Waldez Góes e Pedro Taques, respectivamente, os petistas engrossam as bancadas
de oposição.
Já nos estados governados
pelo PT, a aliança está estremecida na Bahia, no Ceará e Piauí. Em Minas
Gerais, onde é tradicional aliado de Aécio Neves (PSDB), o PDT declara-se
“independente” da gestão Fernando Pimentel (PT).
O desembarque do PDT do
governo Dilma é incentivado pelos dois governadores e por cinco dos seis
senadores do partido. O tema será discutido na reunião do diretório nacional.
Ao mesmo tempo, deputados
assumem uma postura mais agressiva diante do governo Dilma. “Sem acenos do
governo às nossas posições ideológicas de defesa dos trabalhadores, o caminho
natural é a independência”, diz o deputado Félix Jr (BA).
Fonte: Jornal O POVO
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