ADVOGADOS PEDEM IMPEACHMENT DE ROSEANA
Grupo de oito advogados de Direitos Humanos irá
apresentar ao presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão o pedido por
causa da crise no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís; “A
governadora Roseana Sarney violou flagrantemente os direitos individuais e
fundamentais e deixou de apurar as responsabilidades dos agentes públicos
envolvidos nessas violações de maneira contínua”, dizem; a peemedebista também
pode perder os direitos políticos, e assim, ficaria impedida de disputar uma
vaga no Senado
Por
Elton Bezerra
Consultor Jurídico - Um grupo de oito advogados que atua na área de Direitos Humanos irá apresentar nesta terça-feira (14/1), ao presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, pedido de impeachment da governadora do estado, Roseana Sarney (PMDB), por causa da crise no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Consultor Jurídico - Um grupo de oito advogados que atua na área de Direitos Humanos irá apresentar nesta terça-feira (14/1), ao presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, pedido de impeachment da governadora do estado, Roseana Sarney (PMDB), por causa da crise no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
O
pedido tem como fundamento o artigo 75 da Lei 1.079/1950, que permite a todo
cidadão denunciar o governador por crime de responsabilidade. Além do
impeachment, os advogados pedem a perda dos direitos políticos de Roseana, que
ficaria impedida, por exemplo, de disputar uma vaga no Senado, já que ela não
pode mais tentar a reeleição ao governo estadual.
“A
governadora Roseana Sarney violou flagrantemente os direitos individuais e
fundamentais e deixou de apurar as responsabilidades dos agentes públicos
envolvidos nessas violações de maneira contínua”, disse a advogada Eloisa
Machado de Almeida, professora da Direito GV e integrante do grupo.
Na
representação, os advogados afirmam que, desde 2011, a governadora está ciente
do que ocorre em Pedrinhas e que o Conselho Nacional de Justiça já a havia
alertado sobre o risco de a situação no local ficar ainda mais grave. “Essa
ausência de vontade política em agir é, nos termos da lei, e no nosso
entendimento, um crime de responsabilidade, passível de responsabilização
política por meio de um processo de impeachment”, disse Eloisa.
Além
dela, assinam o documento Vivian Sampaio Gonçalves, Luciana de Oliveira Ramos,
Marcos Roberto Fuchs, Humberto Polcaro Negrão, Maria Cecília de Araújo Asperti,
Murilo Henrique Morelli e Antônio José Ferreira Filho.
Segundo
a Constituição do Maranhão, o presidente da Assembleia deverá enviar a
representação à governadora imediatamente. Ele tem prazo de 15 dias para criar
uma comissão especial responsável por emitir um parecer sobre o caso.
Nesse
mesmo prazo, Roseana deverá prestar informações à Assembleia. A Casa tem 45
deputados, de maioiria governista.
A
crise no sistema carcerário maranhense se agravou na semana passada após a
divulgação de umvídeo gravado por presidiários mostrando três homens
decapitados em Pedrinhas. Só no ano passado, 60 presos morreram nas cadeias do
Maranhão. No país, entre fevereiro de 2012 e março de 2013, foram 769 mortes e
121 rebeliões em 1.598 estabelecimentos prisionais, segundo levantamento do
Conselho Nacional do Ministério Público: média de 2,1 mortes por dia dentro dos
presídios.
A
pesquisa registrou ainda mais 2,7 mil lesões corporais.
O
assunto também foi noticiadao pela imprensa internacional e o Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil lançou uma ação coordenada com as seccionais
para cobrar dos governos estaduais melhorias no sistema carcerário e
indenização para as famílias de presos mortos sob custódia do Estado.
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Por Elton Bezerra
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