JUÍZES NÃO QUEREM PRIVILÉGIOS A PRESOS
Magistrados dizem que
chegada de condenados do mensalão ao complexo da Papuda criou 'clima de
instabilidade'
Familiares de detentos reclamam da falta de rigor no horário e dia de visitas; para advogados, não existem regalias
Familiares de detentos reclamam da falta de rigor no horário e dia de visitas; para advogados, não existem regalias
A Justiça de Brasília
determinou ontem que os condenados do mensalão presos no Complexo Penitenciário
da Papuda tenham tratamento igual aos demais detentos. De acordo com três
juízes da VEP (Vara de Execuções Penais), desde a chegada dos condenados do
mensalão na unidade criou-se um clima de "instabilidade", por isso, é
preciso garantir a "isonomia" principalmente em relação às regras de
"visitação" e "alimentação" dos internos.
A decisão, assinada pelos
juízes Bruno Ribeiro, Ângelo de Oliveira e Mário Pegado, foi encaminhada para a
Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, para a direção da
Papuda e para a Defensoria Pública.
Uma das principais
reclamações de familiares de presos foi que os condenados do mensalão -- como
José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino -- receberam visitantes fora do dia
estabelecido e que, nos dias de visita, não tiveram de esperar nas longas
filas, formadas já na madrugada.
Parte dos condenados do
mensalão também recebeu visitas de caravanas de deputados e senadores e do
governador Agnelo Queiroz (DF). Na decisão de ontem, os juízes da VEP
dizem que fizeram entrevistas informais com presos e com servidores da Papuda,
quando identificaram o clima de "instabilidade" e
"insatisfação".
"Não há qualquer
justificativa para que seja dado a um interno/grupo específico tratamento
distinto daquele dispensado a todos os demais recluso", diz trecho do
texto.
Fonte: Folha
de São Paulo
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