5 de março de 2013

DETALHES SOBRE A SESSÃO - TENSÃO NA CÂMARA DE VEREADORES - PARTE I

A noite de ontem, para muitos camocinenses e políticos da cidade foi marcada por um clima de tensão dentro e fora da Câmara de Vereadores. Para garantir a ordem e a integridade física dos cidadãos, foi solicitado  reforço policial e o auxilio da Guarda Civil Municipal a fim de conter uma multidão formada por eleitores dos dois principais grupos políticos de Camocim, que no plenário legislativo através dos edis, discutiram alguns projetos, dentre eles, o mais polêmico da noite, o projeto de contratação temporária do Executivo Municipal.  Seria portanto, o último capitulo de uma novela que já dura algum tempo e que vem sendo motivo de muitas discussões entre populares, o sindicato APEOC, a Defensoria Pública, vereadores e outros. O vereador Juliano Cruz (PSD) iniciou a discussão e falou por um bom tempo justificando o posicionamento da bancada de oposição que foi contrária ao projeto de contratação vindo do Executivo.
“Os aprovados merecem respeito”, disse o vereador que afirmou que o grupo estaria seguindo orientações do Ministério Público, Defensoria Pública e a reinvindicação da APOC. “Nós entendemos que a prefeita tem que priorizar os contratados”, enfatizou Juliano. Disse ainda que a bancada não é contra os contratados, contanto que a prefeita chamasse primeiro os aprovados no concurso e depois ela poderia contratar.
O Vereador Antônio Carlos do Peixe (PSB) iniciou indagando “por que vocês não imploraram ao prefeito que ele chamasse os aprovados”. “vocês fizeram toda esta jogada para prejudicar a prefeita”, afirmou o vereador que disse ainda que o ex-prefeito Chico Vaulino ficou “cozinhando o galo” e que teria sido uma armação politica para ganhar as eleições. Ele afirmou incessantemente que a prefeita chamará os aprovados do concurso, “Ela sempre diz que vai chamar os aprovados. Ela está pedindo é tempo” justificou Antônio Carlos e informou que a prefeita estaria fazendo um “AGNOSTICO” (diagnóstico).
No decorrer dos pronunciamentos o vereador Juliano foi atrapalhado várias vezes por um popular que assistia à sessão no Auditório, proferindo constantemente palavras de insultos. Desta forma, o individuo baderneiro foi convidado pelo presidente Régis a se comportar caso contrário ele seria colocado para fora do recinto.   Isso foi o suficiente para o vereador Antônio Carlos alterar a voz em defesa do individuo que atrapalhava os trabalhos, afirmando que a Câmara era a casa do povo, frase repetida por membros da bancada de situação. O presidente Régis reagiu.
“Infelizmente você precisa ler o Regimento desta Casa, vossa excelência precisa se manifestar com calma, por que eu não tenho medo de grito não. Você agora, nesta legislatura está aprendendo a falar gritando com a gente, você tem que respeitar vereador, se você quer discutir, vamos discutir numa boa, aqui não tem nenhum filho seu para você só falar gritando. Vossa excelência procure ler o Regimento, e acho que o senhor nem sabe o que é isso. Procure se controlar. Vossa excelência tem chegado nesta casa aqui querendo gritar com todo mundo”, disse o presidente Régis ao Vereador Antônio Carlos.

Áudios AQUI no blog do Emanoel Vieira
PARTE II
A tentativa de atrapalhar o discurso dos vereadores de oposição não parou por ai. O líder da oposição Ricardo Vasconcelos (PP) também foi interrompido por várias vezes, mas soube contornar a situação. Em certo momento, quando ele falava sobre a orientação do Ministério Púbico, outro individuo gritou do auditório em bom tom, afirmando que o Ministério Público não faz nada, e desta vez Ricardo indagou a afirmativa, “você sustenta que o Ministério Público não faz nada?”, perguntou o vereador informando que levaria ao MP a denuncia do individuo.
Sobre o projeto, Ricardo disse que da maneira como os vereadores da base aliada da prefeita estavam colocando, era como se a oposição estivesse contra o povo. No entanto ele explicou que a proposta inicial era que a prefeita contratasse primeiro os aprovados do concurso, mas “ela não quis”.  Numa segunda proposta enviada a prefeita foi dado um prazo até agosto para que ela convocasse os aprovados, mas ela também não aceitou. Segundo Ricardo, ontem durante o dia, a oposição teria feito uma ultima proposta, pedindo que a prefeita determinasse o dia do ano em que ele iria convocar os aprovados, mas mesmo assim, “até o final do ano, ela não deu garantia de chamar os aprovados”, informou o vereador, que relembrou que estaria seguindo as orientações do Ministério Público  para não votar no projeto sem antes resolver o problema dos concursados.
Após discussão de plenária, apresentados os questionamentos da bancada de situação e oposição, o presidente Régis da Ipu (PR) colocou o projeto em votação. A votação foi empatada e o vereador Régis (PR) desempatou, ficando 08 contra 07, reprovando o projeto de contratação da Prefeita.

Fonte: Revista Camocim




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