Pescador morre antes de ser atendido em posto de saúde em Jijoca de Jericoacoara
Familiares contaram que não havia
médicos no posto e a massagem cardíaca foi feita por enfermeiras. O corpo só
será liberado às 18 horas, quando algum profissional chegar
Um homem de 42 anos morreu na manhã desta
sexta-feira, 1°, antes de ser atendido no posto de saúde localizado
em Jijoca de Jericoacoara, a 294 km de Fortaleza. Francisco
Agemeu André Pereira, que era pescador, foi levado de casa em uma ambulância,
mas não resistiu. A família relatou que o posto estava sem médicos e ninguém
soube informar as causas da morte. Em abril, um turista morreu na unidade.
O caso ocorreu por volta das 10 horas, quando Francisco André foi levado de ambulância para o posto. "Eu só soube quando minha neta chegou na minha casa dizendo que ele tinha caído, não estava falando. Não sabemos se ele se sentiu mal. Depois, avisaram que tinha morrido", contou o aposentado Francisco Albanito Pereira, 66.
De acordo com o aposentado, o filho foi pescar no início da manhã e ainda passou na casa dele, na rua Isabeli - entrada de Jericoacoara. "Amanheceu ele estava trabalhando. Veio aqui, tomou um café e pediu pra gente 'ajeitar' o almoço. Foi pra casa dele na rua das Dunas e não voltou", explicou Albanito.
O pai de André Pereira afirmou que a casa do filho é bem perto do posto de saúde, mas nenhum médico estava de plantão na unidade e a massagem cardíaca teria sido feita pelas enfermeiras. Além disso, a família ainda não conseguiu buscar o corpo, que será liberado por volta das 18 horas desta sexta-feira, 1°.
"Não tem médico então eles disseram que não podem liberar. Só umas 18 hora quando um médico chegar. As enfermeiras não sabem de nada, nem dizer de quê ele morreu. Uma pessoa que tava bem hoje de manhã", frisou o aposetado. André deixa mulher e seis filhos.
O caso ocorreu por volta das 10 horas, quando Francisco André foi levado de ambulância para o posto. "Eu só soube quando minha neta chegou na minha casa dizendo que ele tinha caído, não estava falando. Não sabemos se ele se sentiu mal. Depois, avisaram que tinha morrido", contou o aposentado Francisco Albanito Pereira, 66.
De acordo com o aposentado, o filho foi pescar no início da manhã e ainda passou na casa dele, na rua Isabeli - entrada de Jericoacoara. "Amanheceu ele estava trabalhando. Veio aqui, tomou um café e pediu pra gente 'ajeitar' o almoço. Foi pra casa dele na rua das Dunas e não voltou", explicou Albanito.
O pai de André Pereira afirmou que a casa do filho é bem perto do posto de saúde, mas nenhum médico estava de plantão na unidade e a massagem cardíaca teria sido feita pelas enfermeiras. Além disso, a família ainda não conseguiu buscar o corpo, que será liberado por volta das 18 horas desta sexta-feira, 1°.
"Não tem médico então eles disseram que não podem liberar. Só umas 18 hora quando um médico chegar. As enfermeiras não sabem de nada, nem dizer de quê ele morreu. Uma pessoa que tava bem hoje de manhã", frisou o aposetado. André deixa mulher e seis filhos.
O POVO
Online entrou em contato com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que
informou estar investigando o caso. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de
Jericoacoara ainda não começou a realizar atendimentos e não tem prazo de
inauguração. As ligações para a Secretaria da Saúde de Jijoca de Jericoacoara
não foram atendidas.
Outro caso
No dia 8 de abril, um turista de Santa Catarina morreu no posto saúde de Jijoca de Jericoacoara. O paciente necessitava de um equipamento de ressurreição cardiopulmonar e não resistiu.
Na ocasião, Cláudio Eduardo Coninck ainda foi atendido por um proprietário de uma empresa privada de atendimento médico de urgência. O proprietário da empresa explicou, no entanto, que seriam necessários dois equipamentos: um monitor cardíaco e um desfibrilador.
Uma moradora da região, que não quis se identificar, contou que a Prefeitura agora probiu a empresa privada de auxiliar nos atendimentos. "As enfermeiras contaram que estavam proibidas de chamar o atendimento privado, sendo que não tinha ninguém capacitado no posto para fazer os procedimentos. Outros dois médicos, que trabalhavam aqui, foram embora porque não eram pagos", disse.
A fonte ainda reclamou do atraso para a inauguração da UPA de Jericoacoara, que poderia ter equipamentos necessários. "Não deixam a empresa ajudar então que pelo menos abram logo a UPA, que está pronta, mas parada. Eu tenho receio de isso [falta de atendimento] acontecer comigo", completou.
No dia 8 de abril, um turista de Santa Catarina morreu no posto saúde de Jijoca de Jericoacoara. O paciente necessitava de um equipamento de ressurreição cardiopulmonar e não resistiu.
Na ocasião, Cláudio Eduardo Coninck ainda foi atendido por um proprietário de uma empresa privada de atendimento médico de urgência. O proprietário da empresa explicou, no entanto, que seriam necessários dois equipamentos: um monitor cardíaco e um desfibrilador.
Uma moradora da região, que não quis se identificar, contou que a Prefeitura agora probiu a empresa privada de auxiliar nos atendimentos. "As enfermeiras contaram que estavam proibidas de chamar o atendimento privado, sendo que não tinha ninguém capacitado no posto para fazer os procedimentos. Outros dois médicos, que trabalhavam aqui, foram embora porque não eram pagos", disse.
A fonte ainda reclamou do atraso para a inauguração da UPA de Jericoacoara, que poderia ter equipamentos necessários. "Não deixam a empresa ajudar então que pelo menos abram logo a UPA, que está pronta, mas parada. Eu tenho receio de isso [falta de atendimento] acontecer comigo", completou.
Fonte: O POVO Online
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