Suspeito de participar de chacina em Sobral foge da delegacia três dias após ser preso
José Cleiton Rodrigues
Pereira, 30, o Keké, foi preso na sexta e fugiu três dias depois. Segundo a
Polícia, ele participou da chacina com seis mortos em Sobral
Entre os 13 presos que fugiram da Delegacia de
Capturas(Decap), na madrugada desta segunda-feira, 20, em Fortaleza,
estava José Cleiton Rodrigues Pereira, 30, o Keké, suspeito de participar
do assassinato de seis pessoas em Sobral
na semana passada. Ele, que foi preso na madrugada da última sexta,
responde na Justiça por crime de assalto e havia saído da cadeia há 15 dias.
Os detentos serraram as
grades da unidade, localizada na rua Conselheiro Tristão, e escaparam após
escalarem o telhado, conforme informações do Comando de Policiamento da Capital
(CPC). De acordo com a Polícia Civil, apenas um preso foi recapturado até as 19
horas de hoje, sem repassar a identificação do detento.
A fuga aconteceu por volta
de 2 horas da manhã e apenas um guarda estava no local durante a ação. Depois
de perceber a fuga, o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), oGrupo de Ações
Táticas Especiais (Gate) e o Comando Tático Motorizado (Cotam) foram acionados
para as buscas. Essa foi a segunda fuga registrada na Decap este
ano. Em fevereiro, 15 presos fugiram.
A Polícia reafirmou em
coletiva nesta segunda-feira, 20, que a chacina registrada na última
terça-feira, 14, com seis mortos no distrito de Aprazível, foi motivada por
vingança. Das seis pessoas assassinadas, cinco moravam na mesma casa. Segundo o
coronel Júlio Aquino, comandante de Policiamento do Interior (CPI) da Região
Norte, o objetivo era executar as pessoas que tinham matado um mecânico
identificado como "Cidinho", assassinado a tiros em janeiro deste
ano.
Segundo a Polícia, Maria de
Jesus da Silva, 53, teria tido um desentendimento com Cidinho antes de ele
morrer. Os irmãos de Cidinho, identificados como Roger e Damião, o “Paizim”,
primos de Keké, segundo a investigação, teriam chamado ainda Antônio Gomes de
Sousa, mais conhecido como “Mourão”, segundo homem preso suspeito de participar
do crime.
Keké e Mourão teriam dito
na prisão que, quando saíssem da cadeia pública de Jijoca, onde estavam presos
por roubo, iriam “praticar homicídios”, relato que foi observado por um agente
penitenciário. “Eles alugaram uma casa em Frecheirinha, para observar a família
de Maria de Jesus”, conta o coronel Júlio.
Segundo o tenente-coronel
Ricardo Moura, o grupo chegou à residência em um carro e uma motocicleta e
abordou as vítimas, sendo três mulheres e três homens. No local, teriam
perguntando o nome das pessoas que mataram Cidinho, sem respostas. Quatro
pessoas foram mortas.
Patrícia e a mãe foram
levadas ainda vivas, em um veículo para um matagal às margens de uma rodovia
que liga a cidade de Coreaú à Alcântaras, a 374 km de Fortaleza. Como não
teriam respondido sobre a morte de Cidinho, também foram assassinadas.
As vítimas foram: Patrícia
Farias da Silva, 30; sua filha Emily Farias, 15; um sobrinho que era o namorado
de sua filha, Geovane Nascimento; sua mãe Maria de Jesus da Silva, 53; e
Aureliano da Silva Ribeiro, 21. O único que não morava na casa era Benedito
Gomes da Silva, 39, que residia na casa ao lado e no momento dos assassinatos
encontrava-se na casa dos vizinhos. Roger e Damião estão foragidos.
Redação O
POVO Online
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