Chacina de Sobral foi planeja da na cadeia
O secretário de Segurança
Pública e Defesa Social do Estado, Delci Teixeira, esteve durante a tarde de
ontem, em Sobral, para acompanhar as investigações sobre a chacina ocorrida na
região. Após reunião na Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança
(Ciops) entre o titular da Pasta e a Prefeitura, ações foram definidas. A
partir da próxima sexta feira (17), Sobral passa a ter duas equipes do BPRaio.
Atualmente somente uma faz o trabalho de atendimento.
De acordo com o delegado
Geral da Policia Civil do Estado do Ceará, Andrade Júnior, uma equipe da
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está na cidade e deve
permanecer até os crimes serem elucidados.
De acordo com o
tenente-coronel Carvalho, responsável pela Área Integrada de Segurança (AIS)
12, das quatro pessoas que foram executadas apenas a única mulher do grupo não
estava amarrada. Os três homens foram amarrados com as mãos para trás antes da
execução.
As vítimas encontradas na
residência foram identificadas como Aureliano da Silva Ribeiro, de 21 anos e
natural de Morada Nova; Benedito Gomes da Silva, de 40 anos e natural de
Sobral; Antônia Emilly da Silva de 15 anos, de Novo Oriente. A terceira pessoa
morta não portava documento. As outras duas mulheres mortas foram levadas da
casa na mesma noite, e os corpos foram deixados em outro local.
Execuções
Já na madrugada de
quarta-feira, a Polícia encontrou Patrícia Farias da Silva e Maria de Jesus
Farias. Segundo informações do cabo Vasconcelos, da 1ª Companhia do 3º Batalhão
de Polícia Militar (BPM) de Sobral, as mulheres também estavam com as mãos
amarradas para trás e com um tiro na cabeça cada uma. Segundo o filho caçula de
Patrícia, que escapou porque estava em uma igreja evangélica, a mãe estava em
casa. Por volta das 19h todos estavam conversando na frente da residência
quando um pastor evangélico passou e parou para convidá-los para o culto. A
mulher não quis ir, mas permitiu que seu filho acompanhasse o líder religioso.
Por volta das 21h30, ao
retornarem, o pastor não viu mais ninguém na calçada e achou estranho não
aparecerem para receber o garoto. O menino entrou, e de repente, voltou
desesperado, gritando que todos estavam mortos na cozinha.
A família parecia morar a
pouco tempo no local, pois algumas malas ainda guardavam roupas. Os objetos não
haviam sido remexidos, e a bolsa de Patrícia com todos os documentos foi
encontrada pelos investigadores da Polícia Civil.
Toda a casa foi periciada,
e o que chamou a atenção das equipes foram as dezenas de carteiras de cigarros
do Paraguai encontradas nos quartos e seis aparelhos de TV, em uma casa de
apenas três cômodos.
Segundo os investigadores,
uma das pessoas mortas teria envolvimento com tráfico de drogas. Os policiais
tentaram ouvir a vizinhança, mas por medo, nenhum morador quis falar. A Polícia
agora está empenhada em tentar descobrir o que pode ter motivado o crime que
segue com várias linhas de investigação, como vingança e dívida de drogas.
Fonte: Diário do Nordeste
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