GOVERNO REALIZA CONTRARREFORMA ELEITORAL PARA PREJUDICAR PARTIDOS DE ESQUERDA
Lei sancionada por Dilma
exclui tempo de TV dos partidos ideológicos
A presidente Dilma Roussef sancionou, no dia 31 de
outubro, a Lei nº 12.874, que restringe a criação de novos partidos. A
justificativa foi a suposta grande quantidade de partidos políticos que o país
já contava.
O problema é que esta lei, que altera a Lei Geral das
Eleições, limita ainda mais a distribuição do tempo de TV em prol daqueles
partidos que já possuem representação na Câmara dos Deputados. O tempo de TV
dos partidos na propaganda eleitoral é distribuído de acordo com a
representação parlamentar, mas um terço dos 30 minutos, ou seja, 10 minutos,
era dividido entre todos os partidos. Com essa alteração, apenas 3 minutos e 20
segundos serão divididos igualmente pelos 31 partidos. É só a esse tempo que
terão direitos as legendas sem deputados. Com isso, partidos como o PSTU e o
PCB ficam praticamente excluídos da propaganda eleitoral.
Dilma, no ápice das Jornadas de Junho, propôs um
plebiscito sobre a reforma política. Tal proposta nada mais era do que uma
manobra para tentar desviar a atenção dos que estavam nas ruas lutando por suas
reivindicações concretas. As ruas gritavam por mudanças que implicassem na
melhoria da qualidade de vida e significassem de fato a ampliação da
democracia.
Mas a resposta real do governo tem sido a
criminalização dos movimentos sociais. E, no âmbito político, limitar cada vez
mais o espaço de um debate que tenha conteúdo programático para que, assim,
eles possam manter o controle do processo eleitoral e este se pareça mais com
um circo do que com um espaço onde o povo possa de fato discutir os rumos da
nação.
O fato é que as reformas que Dilma está fazendo são
antidemocráticas e atacam as organizações de esquerda.
Enviado por Bruno Alves*, de São
Paulo (SP)
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