DEPUTADO, PRA QUE O DIREITO DE DEFESA E DO CONTRADITÓRIO?
O ex-prefeito de Camocim, hoje deputado estadual, Sérgio Aguiar, na
primeira vez em que teve suas contas de Governo, referentes aos
exercícios financeiros de 2002 e 2004, reprovadas pelo Tribunal de Contas dos
Municípios - TCM e pela Câmara de Vereadores de Camocim, impetrou na Justiça
uma ação alegando que não lhe foi conferido o direito de defesa e do
contraditório. Sendo assim, ele conseguiu o requerido direito, mas, para que?
Já que ele não se defendeu! Não prestou esclarecimentos à sociedade acerca de
suas contas desaprovadas e nem ao menos reconheceu, em momento algum, as
notificações da Câmara que lhes foram devidamente enviadas pelos Correios, com
aviso de recebimento (AR), informando-o sobre a data da sessão que votaria o
parecer do TCM referente às suas contas, sendo que Presidência da Câmara, para
garantir o direito do ex-gestor, teve que fazer uma chamada pública,
informando-o através de publicação em jornal de grande circulação no Estado, o
que também foi inútil. Desta forma, conclui-se que o deputado Sérgio
Aguiar, em momento algum, teve a intenção de se defender, conforme a garantia
da Lei. Preferiu apostar na imoralidade dos imorais, travestidos de políticos
que envergonham a sociedade. Há quem classifique esta trama de “jogada
politica”, eu prefiro nominá-la de pilantragem pública e notória.
O momento também é oportuno para refletir e indagar sobre os modelos de
averiguação das contas referente aos exercícios financeiros das
administrações públicas dos nossos gestores, que se valem de mecanismos
completamente falhos que oportunizam a perpetuação das praticas de corrupção,
corroborando com o assassinato da ética e de tantos valores sagrados para o
povo. Como exemplo, em nível de legislativo, podemos citar o recente caso
dos três vereadores de Camocim, que traíram a bancada em função, sabe-se
lá de que. Já em nível técnico temos o caso do próprio TCM, que desaprovou as
contas de Mônica Aguiar em primeiro julgamento, mas que se contradisse
inexplicavelmente voltando atrás de sua decisão, considerando aprovadas as
mesmas contas de Mônica, concernentes a época em que ela exerceu o cargo de
Secretária de Ação Social de Camocim, mesma época em que seu marido foi
prefeito, tendo sido uma LIMINAR a garantia de sua candidatura, parecida com a
LIMINAR que a sustenta no comando da prefeitura. São por estas e por
outros razões que estes órgãos, que deveriam servir aos interesses do povo,
adquirem para si os questionamentos e a rejeição da sociedade que coloca em
duvida a integridade moral destes mecanismos de fiscalização.
O deputado Sérgio Aguiar escapou das garras da “ficha suja”, num ato,
até então, legal, se considerado pela ótica da Justiça brasileira, mas,
plenamente duvidoso, questionável e acima de tudo, IMORAL.
0 Comentários:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial