SAIU NO JORNAL O POVO - PREFEITA DE CAMOCIM É CASSADA E RECONDUZIDA AO CARGO HORAS DEPOIS
Monica Aguiar (PSB) perdeu o mandato após determinação do
juiz Rogério Henrique, que alegou irregularidades eleitorais. Em seguida, uma
liminar garantiu o retorno da gestora ao comando do Municipio
O município
de Camocim, a 379,3 km de Fortaleza, viveu um dia movimentado ontem, no âmbito
do Executivo. No intervalo de poucas horas, a prefeita Monica Aguiar (PSB) e
seu vice, José Olavo (PHS), foram cassados e reconduzidos aos respectivos
cargos. Nesse período, foi empossado como prefeito interino o presidente da
Câmara, Francisco Régis de Araújo Mendonça, mais conhecido como Régis da Ipu.
As
cassações feitas pela manhã atenderam determinação do juiz Rogério Henrique do Nascimento,
da 32ª Zona Eleitoral de Camocim, que julgou procedente uma ação de impugnação
de mandato eletivo (Aine) da coligação “A Força do
Povo”(PP-PDT-PT-PR-PSDB-PPL-PSD), da qual fez parte o candidato a prefeito
Chiquinho do Peixe (PP). No início da noite, o juiz do pleno do Tribunal
Regional Eleitoral (TRE), Raimundo Nonato Silva Santos, em decisão monocrática,
deferiu liminar impetrada pela prefeita afastada, determinando a manutenção dos
diplomas e mandatos de Monica Aguiar e José Olavo, e consequente recondução aos
cargos, até o julgamento em definitivo do caso.to
Confusão
nas eleições
Em suas
alegações, a coligação “A Força do Povo” diz que houve abuso de poder durante
as eleições de 2012, quando teriam sido distribuidas à população, no dia da
eleição, entre 4 mil e 5 mil camisetas padronizadas nas cores vermelho e
amarelo, que caracterizavam a candidatura de Monica, e que podem ter
influenciado no pleito. A diferença entre Monica e Chiquinho do Peixe foi de
374 votos. Além disso, um avião teria circulado na semana da eleição no
município, distribuindo panfletos cujo conteúdo era uma pesquisa que dava a
vitória à Monica. A coligação informou que o avião, as camisas e os panfletos
não constaram na prestação de contas da prefeita.
O juiz
eleitoral Rogério Henrique do Nascimento entendeu ainda que a Polícia Militar
do Estado desobedeceu às suas ordens, inclusive com relação à retirada das
pessoas com as referidas camisas próximo às sessões eleitorais no dia do
pleito. Em sua decisão, ele solicitou novas eleições municipais, já que Monica
obteve 50,17% dos votos e, segundo a lei, não poderia assumir o segundo
colocado. O juiz solicitou ainda auxílio da Polícia Federal e da Força Nacional
de Segurança durante a realização de uma nova eleição.
O POVO
tentou entrar em contato com o marido da prefeita, o deputado Sérgio Aguiar
(PSB), mas não obteve resposta. Todas as ligações dirigidas ao celular do
parlamentar não foram atendidas. Durante a tarde, a assessoria dele chegou a
atender um telefonema, mas afirmou que Sérgio encontrava-se em reunião. Todas
as chamadas posteriores não foram atendidas.
ENTENDA
A NOTÍCIA
A Justiça
proíbe uma série de práticas durante o dia do pleito, como comícios, carreatas,
arregimentação de eleitores e propaganda de boca de urna. Manifestações
coletivas são permitidas somente após o término da votação. Os infratores estão
sujeitos a penas que vão de 6 meses a 1 ano de detenção.
Divulgada no Jornal O Povo
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