21 de maio de 2013

ALUNA DIZ QUE FOI OBRIGADA A PÔR PÊNIS DE BOI NA BOCA EM TROTE DA FACULDADE


A estudante está sendo acompanhada pela Comissão de Direitos da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para a advogada Michelly Leão, pode ter ocorrido no caso "lesão corporal, estupro por ato diverso de conjunção carnal e tentativa de homicídio doloso, por dolo eventual, porque sabiam que ela tinha alergia e a colocaram para bochechar com mata bicheira".
Ainda segundo a advogada, a Uesb pode responder por "omissão de socorro, pois eles não souberam lidar com a situação". Procurada, a assessoria de comunicação da universidade informou que não poderia se pronunciar porque o reitor está em viagem.
A Polícia Civil da Bahia investigará a partir desta terça-feira denúncia feita ao Ministério Público por uma estudante de Agronomia de 22 anos que diz ter sido obrigada a pôr na boca testículos e pênis de boi durante trote na Universidade Estadual do Sudoeste (Uesb), campus de Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado.
O caso ocorreu na sexta-feira passada. De acordo com depoimento da estudante ao Ministério Público, ela estava na segunda semana de aula do 1º semestre quando foi pressionada a participar do trote pelos colegas. Ainda segundo o relato, os veteranos disseram que se ela não participasse, seria pior. A aluna aceitou, mas teria dito que era "alérgica a tudo".
Durante a brincadeira, a estudante que prefere não ter sua identidade revelada e outros colegas calouros foram colocados para andar de "elefantinho" (de mãos dadas uns com os outros e com as mãos passando por debaixo das pernas) e depois tiveram de pôr na boca testículos e pênis de boi. Aplicavam o trote alunos do 3º e do 4º semestre de Agronomia, que teriam dito que aquele órgão "nem era o de verdade". A estudante, no entanto, desconfia que o membro estivesse coberto com sêmen humano.
Para finalizar a "brincadeira", a garota conta que os veteranos prepararam um líquido que seria a mistura de "mata bicheira", produto usado em bovinos, e urina de animal, obrigando os calouros a fazer bochecho com o produto. Logo depois, a estudante começou a ter reações alérgicas e chegou a desmaiar, tendo sido levada para a enfermaria da universidade, onde teria recebido apenas café e biscoito, que ela nem conseguiu engolir porque teria começado a sair sangue da língua. Mesmo nessas condições, ela saiu da universidade e foi para Brumado, sua cidade-natal.
A universidade, porém, reconheceu que o trote ocorreu e que o caso está sendo analisado internamente. A enfermeira Maria da Paixão, que atendeu a estudante, e o presidente do Centro Acadêmico de Agronomia, Ednaldo Dantas, do 7º semestre do curso, disseram que não dariam declarações.
A delegada responsável pelo caso, Tânia Silveira Santana Santos, disse que aguarda apenas a chegada do ofício do Ministério Público para abrir as investigações. O documento não foi enviado na segunda por causa da paralisação de 24h dos policiais civis da Bahia.
A promotora Carla Medeiros, que ouviu o depoimento da estudante, qualificou o trote como "muito violento, podendo configurar lesão corporal". Estudantes do curso também não quiseram falar sobre o assunto. Depois do caso, o clima entre eles é de muita apreensão.
Desde setembro de 2008 os trotes são proibidos na Uesb. Seguranças da universidade disseram, porém, que a orientação é para que não se envolvam nas "brincadeiras" dos alunos.

Via notícias da web

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