A cada semana, mil casos de dengue são confirmados no Ceará
O número de casos confirmados de dengue no Ceará
subiu em mil a cada semana desde o boletim epidemiológico do dia 17 de abril,
que contabilizou 4.648 confirmações. Hoje são quase 8 mil, segundo dados da
Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Nove pessoas morreram esse ano vítimas da
doença. No Estado, a doença foi registrada, em 2015, em 118 municípios -
68,2% do território. Foram notificados 238 casos graves, sendo que 195 (82%)
foram confirmados. No mesmo período do ano passado - de janeiro a abril -
aconteceram 80 casos graves.
Um dado que chamou atenção no último boletim foi
que, em uma semana, quase dobrou o número de mortes, passando de quatro para
nove óbitos. O infectologista Ronald Pedrosa, porém, ressalta que a incidência
é baixa. Os óbitos confirmados ocorreram nos municípios de Fortaleza (2),
Maracanaú (2), Aquiraz, Barbalha, Caucaia, Limoeiro do Norte e Varjota. “São
nove mortes em 8 mil confirmações, ou seja, 0,1%. Não acho que seja um motivo
de alerta ainda, mas é um sinal para gente, enquanto médicos, cuidar e tratar”,
avalia. O especialista lembra que até junho ainda é um período de vigilância
mais intensa.
Para a Sesa, abril e maio são meses que requerem
atenção especial, já que historicamente é quando o maior número de casos são
registrados. Por isso, a pasta ressalta estar chamando atenção dos
profissionais de saúde, por meio de notas, para diagnosticarem precocemente e
não subestimarem casos, inclusive para a suspeita de febre Chikungunya.
Notificações
As suspeitas de dengue e de doenças viróticas lotam
não só a rede pública de saúde. O supervisor de produção Ingo Ararê Lima, 30,
recorreu a três hospitais particulares no fim de semana até que conseguisse
atendimento. O diagnóstico de dengue foi confirmado pela primeira vez, depois
que o corpo apresentou febre e dores.
“Quem aguardava nas emergências também tinha esse
quadro de febre”, relata. “No exame de sangue, a médica chamou atenção para
verificar dois pontos críticos: hematócrito e plaqueta, que, se alterados,
poderiam sinalizar dengue grave”, o que, felizmente, não se confirmou. A
orientação foi para repouso e reforço na hidratação.
Para combater a proliferação do mosquito Aedes
aegypti, o Ministério da Saúde recomenda medidas de prevenção, entre elas:
manter caixas d’água e outros recipientes de armazenamento de água fechados;
colocar garrafas com a boca para baixo; não deixar água acumulada sobre a laje
ou calhas; manter a lixeira fechada; colocar areia nos pratos das plantas.
17 municípios no CE têm mais de 300 casos por 100 mil habitantes, o que
configura surto epidêmico
53 pessoas morreram, em 2014,
vítimas da doença
Saiba mais
Cerca de 90% dos focos do Aedes aegypti, mosquito
que transmite a dengue, são encontrados dentro de casa.
A ação do inseticida só é efetiva quando ele está
em suspensão no ar e só mata o mosquito adulto.
O inseticida não mata as larvas do Aedes aegypti,
que estão em caixas d’água, potes, baldes, pneus, lajes.
Com a ventilação a uma velocidade de 6 Km/h, a ação
do produto dura de 40 minutos a uma hora e meia.
O POVO
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