Bancada da bala quer porte de arma para deputados federais
Proposta será
apresentada pelo deputado Alberto Fraga, que se diz ameaçado através das redes
sociais
O coordenador da chamada
“bancada da bala” na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou semana
passada que deverá apresentar um projeto de lei para liberar o porte de armas
para os congressistas.
A bancada é formada por 21
deputados que são ligados a área da segurança, como delgados, ex-policiais e
militares. Eles comandam a chamada Frente Parlamentar pela Segurança Pública,
que reúne mais de 200 deputados.
As justificativas
apresentadas pelo deputado para a medida são as ameaças de morte recebidas por
parlamentares após votações de matérias polêmicas. Ele contou que nesta semana,
após a polêmica votação do projeto que regulamenta a terceirização no país, foi
alvo de ameaças de morte em suas páginas sociais.
Fraga diz que a proposta
conta com total apoio da Frente, que é a maior do Congresso Nacional e domina a
Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).
É opcional
Segundo o
deputado, a ação também alcançou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Fraga afirmou que se houver deputado incomodado com uma eventual
liberação para uso de arma de fogo, basta não utilizar.
“Vou entrar com o projeto
de lei para permitir porte de arma para deputados federais. Quem não quiser,
não use. Agora, se ministro tem direito, se juiz tem direito, se promotor tem
direito, porque o deputado não pode ter direito?”, questionou o deputado.
Fraga disse que vai pedir à
polícia legislativa que instaure inquérito para investigar as ameaças. “Fui
ameaçado de morte e Vossa Excelência também. Tenho aqui os dados que apontam
para isso, criaram um fake (perfil falso), mas o fato é que um senhor estava
dizendo que Vossa Excelência seria o próximo a morrer após a votação do
terceirizado”, disse o deputado, referindo-se a Eduardo Cunha, durante uma
sessão. O presidente da Câmara, presente ao plenário naquele momento, não se
manifestou.
Alberto Fraga é Coronel da
Reserva da Polícia Militar no Distrito Federal e é ex-secretário de Transportes
da gestão de José Roberto Arruda, que renunciou para não ser cassado. Ele
chegou a ser preso pelo que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, disse que
irá encaminhar as ameaças à polícia legislativa para que se instaure inquérito.
Fonte: Jornal O POVO
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