12 de abril de 2015

Bancada da bala quer porte de arma para deputados federais

Proposta será apresentada pelo deputado Alberto Fraga, que se diz ameaçado através das redes sociais
O coordenador da chamada “bancada da bala” na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou semana passada que deverá apresentar um projeto de lei para liberar o porte de armas para os congressistas. 
A bancada é formada por 21 deputados que são ligados a área da segurança, como delgados, ex-policiais e militares. Eles comandam a chamada Frente Parlamentar pela Segurança Pública, que reúne mais de 200 deputados.
As justificativas apresentadas pelo deputado para a medida são as ameaças de morte recebidas por parlamentares após votações de matérias polêmicas. Ele contou que nesta semana, após a polêmica votação do projeto que regulamenta a terceirização no país, foi alvo de ameaças de morte em suas páginas sociais.
Fraga diz que a proposta conta com total apoio da Frente, que é a maior do Congresso Nacional e domina a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).
É opcional
Segundo o deputado, a ação também alcançou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Fraga afirmou que se houver deputado incomodado com uma eventual liberação para uso de arma de fogo, basta não utilizar.

“Vou entrar com o projeto de lei para permitir porte de arma para deputados federais. Quem não quiser, não use. Agora, se ministro tem direito, se juiz tem direito, se promotor tem direito, porque o deputado não pode ter direito?”, questionou o deputado.
Fraga disse que vai pedir à polícia legislativa que instaure inquérito para investigar as ameaças. “Fui ameaçado de morte e Vossa Excelência também. Tenho aqui os dados que apontam para isso, criaram um fake (perfil falso), mas o fato é que um senhor estava dizendo que Vossa Excelência seria o próximo a morrer após a votação do terceirizado”, disse o deputado, referindo-se a Eduardo Cunha, durante uma sessão. O presidente da Câmara, presente ao plenário naquele momento, não se manifestou.
Alberto Fraga é Coronel da Reserva da Polícia Militar no Distrito Federal e é ex-secretário de Transportes da gestão de José Roberto Arruda, que renunciou para não ser cassado. Ele chegou a ser preso pelo que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, disse que irá encaminhar as ameaças à polícia legislativa para que se instaure inquérito.

 Fonte: Jornal O POVO

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