Futuro ministro, Cid Gomes diz que anunciará novo piso para professores
Convidado para ocupar o Ministério da Educação no novo
mandato da presidente Dilma Rousseff, o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros),
já tem uma lista de prioridades que deverá por em prática nas primeiras semanas
de janeiro. Gomes esteve ontem em Brasília, onde se reuniu com o atual ministro
da pasta, Henrique Paim, e parte da equipe do governo federal.
"Conversei com o Paim sobre algumas questões
postas no calendário do Ministério. Na primeira semana depois da posse, será
divulgado o reajuste do piso dos professores. Na segunda, o resultado do Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio), na terceira e quarta, abertura do Sisu
(Sistema de Seleção Unificada)", afirmou ao Broadcast Político.
De saída do governo estadual e de mudança para
Brasília, Cid Gomes destaca como principal meta como ministro da Educação o
debate sobre uma revisão da grade curricular do Ensino Médio. "Não será um
currículo para todo o Brasil, mas vai procurar respeitar as questões
regionais", ressaltou.
A ideia, entretanto, já vem sendo trabalhada pelo
ministro Henrique Paim, um dos defensores da flexibilidade do currículo de modo
que o estudante não precise repetir o ano toda vez que for reprovado por uma ou
duas disciplinas. No cerne das discussões dentro do governo, está a tentativa
de se evitar a evasão escolar.
O futuro ministro da Educação, que toma posse no dia
1º de janeiro, também defendeu a redução do período de alfabetização.
"Acredito que a alfabetização pode ser feita até os 7 anos e não 8, como é
hoje". No encontro que teve com a presidente Dilma no início do mês,
quando foi convidado para o Ministério, a petista reforçou o pedido de atenção
à ampliação da oferta de vagas em tempo integral.
Na campanha eleitoral deste ano, a então candidata à
reeleição prometeu que a rede de educação em tempo integral irá atingir 20% das
vagas na rede pública até 2018. Sobre outra promessa de Dilma, a criação de
creches, Cid Gomes considerou que ela deverá ser cumprida até 2017. "Já
foram contratadas 6.180 creches. Acho que dá para concluí-las nos dois
primeiros anos", afirmou.
Ao falar sobre a divisão dos ministérios entre os
partidos, Cid Gomes considerou que não foi convidado pelo fato de ser um dos
principais expoentes do Pros, mas pelo perfil de gestor. "Na medida que
aceitei convite para assumir um ministério técnico, vou me abster de fazer
comentários políticos. Mas fui convidado pela presidente, que tem lá suas
preferências. Não foi por causa do Pros, que é muito pequeno. Não fui escolhido
por uma questão partidária", disse.
Cid Gomes também comentou sobre o futuro do irmão,
Ciro Gomes, que chegou a ocupar o cargo de secretário de Saúde no governo do
Ceará. "Ciro é a nossa maior liderança. Espero que ele assuma o papel de
líder do partido. A informação que temos é de que vai trabalhar no setor
privado. Mas queremos que ele aceite liderar o partido".
Fonte: O POVO Online
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