Justiça pode cancelar todas as candidaturas do PT em São Paulo
Decisão
provisória da justiça tira PT das eleições em São Paulo
Uma decisão do juiz Fernando
Camargo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, pode tirar Alexandre Padilha (PT)
da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. O
magistrado derrubou a suspensão imposta pelo PT ao deputado estadual Luiz
Moura, flagrado pela Polícia Civil em reunião com membros do PCC, e anulou a
convenção estadual do partido, realizada em junho.
A decisão é de caráter
provisório, no entanto, se for mantida, todas as candidaturas do PT em São
Paulo serão invalidadas e a legenda não poderá disputar cargos eletivos no
estado, já que não há mais prazo legal para uma nova convenção.
Algo semelhante aconteceu
com o PFL (atual Democratas) em 1992, também em São Paulo. O Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) anulou a convenção do partido e extinguiu a chapa que disputava
a prefeitura e outras 170 candidaturas a vereador.
A ação que embaraça o PT foi
movida por Luiz Moura, que tenta se candidatar à reeleição. O deputado teve os
direitos partidários suspensos após o escândalo de sua suposta ligação com os
criminosos do PCC. O parlamentar foi barrado na convenção que oficializou as
candidaturas da legenda.
Camargo entendeu que Moura
foi suspenso sem direito de defesa. “[Foi] nítido o propósito de afastá-lo da
oportunidade de participar das escolhas dos candidatos à próxima eleição”,
afirma o juiz.
O PT vai recorrer da liminar
argumentando que a convenção envolve o registro de candidaturas, sendo assim, é
de competência da Justiça Eleitoral, não da Justiça comum.
O advogado da campanha de Padilha,
Marcelo Nobre, afirma que vai contestar o argumento de Moura. “Ele foi ouvido
por mais de uma hora pelo partido, que não se convenceu e decidiu pela
suspensão”.Outra possibilidade seria fazer um acordo com Moura e encaixa-lo nas
vagas suplementares do partido em agosto, assim, extinguir a ação. O PT
descarta esta possibilidade e diz que a candidatura não está em negociação.
Nos bastidores, a cúpula do
PT trabalha para expulsar Moura do partido. Os petistas ficaram irritados com a
ofensiva do deputado e avaliam que ele “foi longe demais” e ficou “sem clima”
para permanecer.
Fonte: Diário do
Poder
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