PROTESTOS MARCAM O DIA DO TRABALHO EM TODO O MUNDO
Milhões de pessoas em todo
o mundo saíram hoje (1º) às ruas para lembrar o Dia do Trabalho, marcado por
concentrações pacíficas, mas também confrontos com a polícia e registro de
feridos, como na Turquia e no Camboja.
Em Istambul, a polícia usou
gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes, que
quiseram recordar os direitos dos trabalhadores na Praça Taksim, um espaço
emblemático de contestação ao governo turco e onde as autoridades proibiram
manifestações. Pelo menos 139 pessoas foram detidas e 58 ficaram feridas.
Em Phnom Penh, capital do
Camboja, as celebrações do 1º de Maio também foram marcadas por atos violentos.
A polícia usou cassetetes e paus para dispersar os manifestantes concentrados
no Parque da Liberdade. O protesto foi organizado pelos sindicatos que
contestam a exploração dos trabalhadores da indústria têxtil, onde os salários
são, em média, de US$ 100 por mês.
Em Kuala Lumpur, na
Malásia, milhares de pessoas protestaram contra um novo imposto decidido pelo
governo. Também foram registadas concentrações de trabalhadores na Indonésia e
nas Filipinas.
Na Europa, também estão
ocorrendo protestos contra as políticas de austeridade, que têm provocado
consequências sociais em vários países do continente. Na Espanha, por exemplo,
estão previstas manifestações em mais de 70 cidades. Os sindicatos espanhóis
questionam as medidas adotadas pelo governo diante da alta taxa de desemprego,
que chegou a 26%, com quase 6 milhões de desocupados.
Na Grécia, as principais
cidades foram tomadas por milhares de pessoas que escolheram o dia de hoje para
manifestar contra as políticas impostas pelos credores internacionais. O 1º de
Maio para os gregos coincide com o quarto ano do primeiro pacote de ajustes
impostos pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo
Monetário Internacional (FMI). As medidas, segundo os sindicatos, representaram
um “ataque frontal contra os trabalhadores, jovens e reformados, com cortes
salariais dramáticos e a abolição dos direitos laborais”.
Na Rússia, as principais
cidades também foram palco de manifestações. Pela primeira vez, desde o fim da
União Soviética, em 1991, os sindicatos organizaram uma manifestação na Praça
Vermelha, junto ao Kremlin, onde mais de 100 mil pessoas se reuniram.
Entre os participantes,
muitos traziam bandeiras de cidades rebeldes da Ucrânia pró-Rússia e cartazes
pedindo a demissão do governo russo de Dmitri Medvedev. Na Crimeia, mais de 100
mil pessoas concentraram-se hoje em Simferopol (capital da península da
Crimeia) e, segundo o primeiro-ministro Serguéi Axiónov, esta foi a maior
manifestação da história da Crimeia em um Dia do Trabalho e a primeira após a
anexação da península pela Rússia.
Na Argentina, entidades
políticas e sindicais também organizam manifestações nas ruas e praças
públicas. Grupos pró e contra o governo da presidenta Cristina Kirchner devem
sair às ruas em mobilizações em pontos tradicionais da capital Buenos Aires,
como a Praça de Maio e o Congresso Nacional.
Da Agência Brasil (*Com informações da
agências Lusa e Télam)
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