BIBLIOTECA AMBULANTE LEVA EDUCAÇÃO PARA ALÉM DAS ESCOLAS NA ITÁLIA
La Cava era apenas um
professor italiano já aposentado até que um dia resolveu compartilhar o seu
amor pela leitura com outras pessoas. Foi assim que surgiu o Bibliomotocarro,
uma biblioteca ambulante que leva, gratuitamente, livros às comunidades de
pequenas cidades italianas.
A ideia começou a tomar
forma entre 1999 e 2000. Conforme explicado no site do projeto, o intuito era
chamar a atenção dos jovens à importância dos livros, que já estavam sendo
trocados por novos meios de comunicação. Para colocar em prática, La Cava
precisou de livros, um triciclo (que mais parece um mini caminhão) e da ambição
de levar a leitura e a educação além das paredes das escolas.
Em um primeiro momento, a
vontade de satisfazer exatamente o desejo dos leitores levou o professor a
instalar pequenas caixas de correspondência nas escolas, para que as pessoas
pudessem fazer seus pedidos e ter os livros entregues em suas residências. O
formato era excelente para incentivar a leitura, mas acabou se tornando muito
caro para ser bancado por um simples professor aposentado. Os compromissos
foram honrados, mas a biblioteca ambulante precisou fechar por um tempo.
A volta por cima aconteceu
em 2003, quando La Cava levou o Bibliomotocarro à Feira Internacional do Livro
de Turim. O projeto fez tanto sucesso que ganhou espaço nos noticiários
italianos e abriu as portas para que a iniciativa fosse mais divulgada na
mídia. Assim sendo, dois anos depois, o professor ganhou o 1º Prêmio Nacional
de Melhor Projeto de Promoção do Livro e da Leitura, oferecido pelo Ministério
da Cultura na Itália. A recompensa foi o apoio financeiro de 5.700 euros, que
ajudaram a reconstruir o Bibliomotocarro no formato que ele possui hoje.
O “caminhãozinho” possui o
formato de uma casa de campo, com chaminé, telhas e grandes janelas. Segundo o
criador, seria possível usar um grande caminhão no projeto, mas isso colocaria
as pessoas, principalmente crianças, distantes dos livros. No modelo atual, as
prateleiras ficam praticamente ao alcance de todos, pelas 49 escolas que são
atualmente abrangidas pelo projeto.
Para deixar tudo ainda mais
legal, o mestre La Cava achou que levar histórias não seria o bastante. Era
preciso permitir que as pessoas também contassem suas histórias. “Comprei,
então, 200 livros em branco e os coloquei à disposição”, explica o professor na
página
do projeto. Segundo ele, esses livros estão em alta demanda e já
foram escritos até mesmo por crianças de outros países. Essa história de amor à
leitura foi transformada em documentário e ganhou as telas de um dos principais
canais de televisão da Itália.
Fonte: Ciclo Vivo
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