PESQUISA MOSTRA REPROVAÇÃO A PREFEITOS NO CEARÁ
O Ibope divulgou os números detalhados da pesquisa CNI/Ibope
que havia sido divulgada na sexta-feira passada. São vários os dados curiosos.
Um deles perguntou à população qual a opinião sobre o trabalho dos prefeitos,
que completam o primeiro ano dos atuais mandatos. A tônica geral pende mais
para a reprovação que para a aprovação: 23% consideram bom o desempenho dos
gestores novos ou reeleitos. Já 4% qualificam como ótimo. Já o ruim tem 14% e o
péssimo, 28%. O índice regular é apontado por 23%. No total, 27% fazem
avaliação positiva, 42% negativa e 26% acham que não fica nem lá nem cá. A
maioria não seja a ser contra, mas a reprovação é espantosamente superior à
aprovação.
Chama atenção, com particular ênfase, porque essa percepção
destoa da média nacional. Considerado o Brasil inteiro, 31% dos habitantes
classificaram os gestores com ótimos ou bons, 32% como regulares e 32% como
ruins ou péssimos. Não é nada brilhante, mas bem melhor que no Ceará.
Há também recorte sobre a Capital, que oferece um primeiro
olhar sobre a gestão Roberto Cláudio (Pros). Os números são bem parecidos com
os do resto do Estado, com ligeira inclinação para pior. Nesse caso, é
necessária cautela. A pesquisa tem 602 entrevistas no Estado e margem de erro
de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. Mas, em Fortaleza, são só
204 entrevistas. Isso joga a margem de erro, que já é elevada, à estratosfera.
Vale lembrar que, na eleição passada, os institutos faziam seis vezes mais
entrevistas e ainda erraram. De todo modo, serve de referência.
O MELHOR E O PIOR
Nos dados sobre o Governo do Estado, chama atenção que a
Saúde aparece disparadamente como a pior área da gestão, com 31% de menções,
enquanto a segurança tem 19%. Problema para o secretário Ciro Gomes (Pros)
resolver.
Quanto à melhor área, chama atenção que 15% não souberam
responder e 13% disseram que nenhuma se destaca. O índice mais alto é da
educação (12%), capacitação profissional, (10%), cultura e lazer e estradas e
rodovias (9%, cada). Intrigante que ainda apareceram 2% para dizer que
segurança é a melhor área.
Destaque para as diferenças entre localidades: a capacitação
dispara como política de destaque na periferia. É a melhor área para 22%,
contra 10% da média geral. Já a saúde é mais bem vista no Interior. Nada
espetacular: é considerada a melhor área por 6%. Na média do Estado, o índice é
de 3%. Na Capital, 1%.
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