“A SÍNTESE QUE PODEMOS FAZER É QUE O MUNICÍPIO GANHOU TEMPO E OS CONCURSADOS PREJUÍZO”, DISSE REPRESENTANTE DOS APROVADOS
O Revista Camocim reproduz na íntegra o
discurso da comissão dos aprovados do concurso público de Camocim, proferido
por Ítalo Gomes, na plenária do Legislativo de Camocim durante a sessão do dia
07 de outubro.
"Boa noite, saúdo a todos na pessoa do presidente desta casa Sr.
Regis da Ipu.
Venho até essa tribuna como representante dos concursados de Camocim
para pedir o apoio dessa casa na resolução do nosso problema, por entender que
a mesma tem como um de seus desafios a defesa dos direitos da população como um
todo, o qual estamos inseridos.
Venho aqui também esclarecer sobre a real situação do nosso concurso.
Tudo começou quando a Defensoria Pública entrou com ação para nomeação dos
concursados. O que desencadeou uma serie de ações e liminares. É bom enfatizar
que o município nunca pediu nulidade do concurso e a auditoria não encontrou
problemas que levem a nulidade do concurso.
Na batalha judicial, o que vemos é que, em varias ocasiões, o município
teve que se utilizar de meios e recursos de natureza protelatória para afastar
o cumprimento de decisão judicial. No primeiro momento na concessão de liminar
para nomeação dos concursados e rescisão dos contratos em um prazo de trinta
dias, em que manejou agravo de instrumento com pedido de liminar. A
desembargadora Sérgia Maria Mendonsa Miranda, da sexta Câmara Civil, não
concedeu a liminar, dando-a posteriormente por prejudicada. Então a Defensoria
Pública entrou com as contra razoes e espera a qualquer momento ser julgado.
No segundo momento, não obtendo de imediato a liminar, valeu-se o
município de pedido de suspensão de liminar dirigida ao Presidente do Tribunal
de Justiça do Ceará, o qual subitamente concedeu a liminar, mas de forma
injustificada juridicamente, não levou ao órgão especial no Tribunal de Justiça
o agravo regimental de mais 600 paginas apresentado pela Defensoria Pública, em
que se pede a revogação da liminar que suspendeu a nomeação. Aqui se faz uma
critica construtiva em que, não se concebe mais rapidez em determinadas
situações e lentidão em outras.
Outra situação foi quando o juiz rejeitou a contestação do município,
quando em momento anterior o próprio município reconheceu a procedência da
ação, valendo esclarecer , quando o prefeito em exercício, Regis da ipu, atual
presidente da Câmara convocou todos os aprovados do concurso e rescindiu os
contratos temporários. Cabendo esclarecer que na própria decisão o juiz disse
que não importa quem esteja em exercício do cargo de prefeito, pois a ação foi
manejada contra o município. O ministério publico nesse sentido também deu
parecer, invocando o principio da impessoalidade e acolhendo a tese do ato
jurídico perfeito, pois a convocação foi valida e feita na forma da Lei. Contra
essa decisão o município entrou com novo agravo de instrumento o qual foi
negado seguimento pela desembargadora Sérgia Maria Mendonça Miranda, por falta
de documento obrigatório não apresentado no agravo. Essa nova derrota do
município gerou nova preclusão, ou seja , impossibilidade de discutir a decisão
judicial de primeira instância que rejeitou a contestação do município. E a
qualquer tempo o Juiz irá prolatar uma sentença na ação civil publica, tendo
nos altos os seguintes elementos:
1. A
matéria é pacifica nos tribunais do pais quanto a obrigatoriedade da imediata
nomeação dos aprovados em concurso publico quando se demonstra a indevida
ocupação das vagas existentes por contratados ou terceirizados
2.
Reconhecimento de procedência da ação firmado pelo próprio município
3.
Inexistência de causa de nulidade do concurso público
4.
Comprovação que município tem recursos financeiros para pagar os concursados
baseando-se no que se vem pagando para os contratados.
E qual é a síntese que podemos fazer disso? É que o município ganhou
tempo, e os concursados prejuízo.
Seria muito mais coerente nomear os concursados, e se, diagnosticado
irregularidades que pudessem a vir anular o certame, aí todos seriam demitidos,
dessa forma nem os concursados nem o município iria perder. Os concursados
porque estariam trabalhando, o município porque estaria pagando, mais em troca
teria o serviço.
Não queremos vencer nem derrotar ninguém, queremos uma solução pacifica
e proveitosa para ambas as partes.
Não estamos levantando bandeira política de ninguém, até por que a
política já passou, e administração que aqui está, que se sagrou vitoriosa,
está para defender os interesses não de alguns, mas de toda a população.
Por isso pedimos em nome de todos os aprovados do concurso de Camocim, o apoio
desta casa para que possamos fazer valer o DIREITO o qual CONQUISTAMOS a base
de único e exclusivo empenho e estudo. Obrigado"
Fonte:
Revista Camocim
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