PREFEITURA DO RECIFE AINDA DEVE CACHÊ POR SHOW DE LUIZ GONZAGA
Recentemente, alguns
músicos pernambucanos anunciaram a decisão de
não tocar no Carnaval de Pernambuco. O motivo alegado para o protesto é a
indiferença por parte dos governos municipais e estadual em relação à
morosidade nos pagamentos dos cachês devidos aos artistas locais que são
contratados para apresentações públicas. “Quem tem projeção nacional fica dando
pulos pra São Longuinho se tocar no Carnaval e receber no São João. Já quem
participa de grupos populares, principalmente os do interior do estado, sobem a
Ladeira da Misericórdia (em Olinda) de joelhos se forem pagos algum dia”,
publicou o instrumentista Irlevando Checho em seu perfil do Facebook.
A situação, porém, não é nenhum
“privilégio” reservado aos profissionais da atualidade. Um dossiê elaborado
pela Ordem dos Sanfoneiros Pernambucanos, OSPE, revela que ainda não houve
quitação do valor combinado pelo show histórico do Rei do Baião realizado no
Carnaval de 1986. “É uma das lembranças mais emocionantes da minha vida. Quem
esteve na Avenida Dantas Barreto naquele sábado de Zé Pereira não esquecerá
jamais do Gonzagão tocando xote, maracatu, frevo e baião, acompanhado pelo coro
de dezenas de milhares de pessoas. A experiência para ele deve ter sido tão
recompensadora que optou por não revelar nada à imprensa. Mas continua sendo
vergonhosa a situação de se descobrir esse ‘atraso’ de 26 anos. Ninguém vive só
de amor ao que faz. Também vale lembrar que nem mesmo os parlamentares largam o
osso na hora de receber seus 14º e 15º salários ou aprovar o aumento de seus
rendimentos em troca de reconhecimento”, disse Demerval Oriza, presidente da
OSPE.
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