Na mira da Lava Jato, Aníbal Gomes pode ser denunciado antes da votação do impeachment
Pressionado pelo ex-governador Cid
Gomes (PDT) no Palácio da Abolição, o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB)
consta hoje (4) na lista de votos contra o impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT).
O problema é que ainda faltam duas
semanas para a votação do processo na Câmara dos Deputados e, até lá, Aníbal
Gomes pode ser afastado do cargo, pois a Procuradoria-Geral da República já
reuniu elementos para denunciar o parlamentar ao Supremo Tribunal Federal (STF)
por suspeita de envolvimento com irregularidades investigadas pela Operação
Lava Jato.
Aníbal é apontado como ele entre o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), com o esquema de corrupção da
Petrobras. Os investigadores acreditam que o avanço das apurações na direção do
deputado ajudará a fechar o cerco a Renan.
Comissão do Impeachment
Aníbal havia marcado uma operação
relativa à problemas na coluna para o dia 15 de abril e estaria de licença
durante a votação do impeachment, cedendo a cadeira para o suplente Mauro
Benevides (PMDB).
Benevides é voto a favor do
Impeachment. Diante disso, Cid articulou o encontro com Aníbal para que o
deputado adiasse a cirurgia e votasse contra o processo.
O movimento garantiu, além de mais um
voto para o Palácio do Planalto, menos um para a oposição. Hoje, a bancada
cearense teria 15 votos contra o impeachment, 7 a favor e 3 indecisos.
À espera
Antes de formalizar a denúncia contra
Aníbal, os investigadores querem recolher todas as provas a respeito da atuação
de Renan no esquema de corrupção para, só então, denunciar os dois
parlamentares.
Aníbal é alvo de seis dos nove
inquéritos que investigam a participação de Renan na Lava Jato. Caso seja
concluído que o cearense cometeu crime, ele será o primeiro do núcleo de
relações do presidente do Senado alcançado pela Operação.
A defesa de Aníbal nega que o
parlamentar tenha negociado, oferecido ou recebido qualquer vantagem indevida.
Com informações da Folha de S.Paulo
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