Italiana: resultados de DNA de suspeitos são negativos
Após um mês e 17 dias da morte da italiana Gaia Bárbara
Molinari, o autor do crime que vitimou a turista na Praia de Jericoacoara ainda
não foi preso. De acordo com informações do perito geral da Perícia Forense do
Ceará, Maximiano Chaves, todos os exames solicitados pela Delegacia de Proteção
ao Turista (Deprotur) já estão nas mãos da delegada Patrícia Bezerra. Ainda de
acordo com o perito geral, nenhum dos laudos de DNA realizados com os suspeitos
tiveram resultado positivo para o material encontrado na turista italiana. O
exame toxicológico de Gaia Molinari também não apontou o uso de substâncias
ilícitas.
O corpo da turista foi encontrado no dia 25 de
dezembro do ano passado na praia de Jericoacoara, em Jijoca. Na tarde de ontem,
um novo suspeito de envolvimento na morte Gaia foi encaminhado a Sobral para prestar
depoimento e exames periciais.
O encaminhamento do suspeito foi realizado pela
Polícia Militar. Segundo o coronel PM Júlio Aquino, seria precipitado afirmar
que o homem é o autor do crime, mas ressaltou que os exames periciais foram
solicitados pela delegada Patrícia Bezerra, que é a titular da Delegacia que
investiga o caso.
O suspeito foi localizado por uma patrulha da PM, sob
o comando do subtenente PM Gomes e composta pelos soldados Ribeiro, Orismar e
Robson, todos do policiamento de Jijoca. Apesar da confirmação do
encaminhamento do suspeito, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) afirmou que se trata de mais uma pessoa que seria ouvida a respeito do
caso, mas que não havia detalhes ou indícios que se tratasse do homicida procurado
pela morte de Gaia Molinari.
Colega
Horas depois que o corpo da italiana foi encontrado na
praia, a Polícia Militar localizou uma colega de quarto de Gaia. Era a carioca
Mirian França, que havia viajado e se hospedado com a italiana na pousada Nova
Era, em Jericoacoara. Ela foi encaminhada à Deprotur na condição de testemunha,
mas dias depois passou a ser suspeita e teve um mandado de prisão temporária
deferido pela Justiça no dia 5 de janeiro. Um dia depois do crime, a PM também
conduziu um homem que era apontado por populares como suspeito, mas de acordo
com o coronel PM Júlio Aquino, os exames periciais foram feitos no sentido de
acalmar os nativos de Jeri, já que existia uma ameaça de linchamento por parte
da população. A Polícia teria optado por levar o homem à Delegacia para
descartar a participação dele no caso. Durante as investigações, um casal de
uruguaios também foi encaminhado à sede da Deprotur para realização dos exames.
Polêmica
A Defensoria Pública do Estado do Ceará passou a trabalhar
na defesa de Mirian França, que estava detida na Delegacia de Capturas (Decap).
O defensor responsável pelo caso, na ocasião, Emerson Castelo Branco, criticou
a postura da Polícia Civil em pedir a prisão de Mirian com base em
contradições. A declaração foi divulgada no dia 6 de janeiro neste ano durante
uma coletiva de imprensa. A Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), por
sua vez, realizou uma coletiva no dia seguinte e divulgou uma nota repúdio ao
comentário do defensor.
No dia 13 de janeiro, o Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE) revogou a prisão temporária da farmacêutica. No entanto, ela teria que
continuar na capital cearense por um prazo de 30 dias, que termina amanhã (12).
A mãe de Mirian, Valdicea França, veio para Fortaleza.
Ela ressaltou que só teria o sentimento que a filha estava em liberdade quando
Mirian pudesse voltar ao Rio de Janeiro. No último sábado (7), Valdicea prestou
depoimento na Deprotur.
A assessoria da Defensoria Pública disse que a
defensora Gina Moura não concederia entrevistas sobre o caso. Já a assessoria
de comunicação da SSPDS informou que a delegada Patrícia Bezerra também não
iria falar sobre um possível pedido de prorrogação da permanência de Mirian em
Fortaleza.
Jéssika Sisnando
Especial para polícia
Fonte: Diário do Nordeste
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