22 de janeiro de 2015

Funceme aponta possível erro na temperatura de Sobral



 A Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) declarou que a informação divulgada, ontem, apontando a cidade de Sobral como a mais quente do Brasil neste ano pode estar errada. Dados publicados na mídia nacional com base em números do site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirmaram que o município cearense esteve, durante oito dias, entre os mais afetados pelo calor no País, atingindo a temperatura recorde de 43,9 graus, no dia 14 deste mês.
No entanto, segundo David Ferran, meteorologista da Funceme, o valor foi registrado por uma estação automática do Inmet que, possivelmente, está apresentando falhas. "Existem duas estações em Sobral às quais temos acesso, uma automática e uma convencional. A automática, que forneceu essa informação, está registrando temperaturas irreais, acima de 50, 60 graus, o que indica claramente um erro nos sensores", afirmou.
Conforme Ferran, na estação convencional, a temperatura máxima revelada no dia 14 é de 36,1 graus. Ele explica que a estação automática faz a leitura dos parâmetros sem a presença de um observador meteorológico. "Por conta disso, a princípio, a estação convencional é mais confiável. Se existe alguma outra estação do Inmet aqui, nós não temos acesso", alegou.
Além de Sobral, outro município cearense foi citado no ranking das cidades mais quentes do País, que está disponível no site do Inmet. Jaguaribe ocupou a 10ª colocação, registrando, em tese, a temperatura máxima de 39,2 graus, no último dia 17. A lista ainda inclui as cidades de Três Lagoas (MG), Rio de Janeiro (RJ), Seropédica (RJ), Duque de Caxias (RJ), Valparaíso (SP), Alegre (ES), Itaperuna (RJ) e Porto Murtinho (MS).
Apesar do provável equívoco nos parâmetros do Instituto, o calor em Sobral tem sido alvo de comentário nos últimos dias, provocando desconforto e até mesmo mudanças na rotina da população.
A auxiliar de serviços gerais Rosângela Paiva afirmou que, desde dezembro, sua casa recebe o reforço de três ventiladores. "No quarto onde dormem minhas filhas, era um ventilador para as duas, agora, cada uma tem o seu, e tem dias que ainda não dá", disse.
Na casa do aposentado Rui Azevedo Rodrigues, a solução foi colocar ar-condicionado em um dos cômodos. "Elegemos um quarto para receber o equipamento e nos refugiamos nele durante a tarde, eu, a esposa e algum neto que esteja por aqui. Mas pesa do bolso", afirma.
Fonte: Diário do Nordeste

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