"Censura Prévia" - Cid perde no supremo e revista continua circulando
O
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta
quarta-feira, 17, a circulação de exemplares da revista IstoÉ que incluem
suposto envolvimento de Cid Gomes (Pros) no escândalo da Petrobras. Em sua
decisão, o ministro considerou como “censura prévia” decisão da juíza Maria
Marleide Maciel que proibia veiculação da publicação.
“A
decisão reclamada impôs censura prévia a uma publicação jornalística em
situação que não admite esse tipo de providência. Ao contrário, todos os parâmetros
acima apontam no sentido de que a solução adequada é permitir a divulgação da
notícia, podendo o interessado valer-se de mecanismos de reparação a posteriori
(posterior à publicação)”, disse o ministro no despacho.
Desde
o último fim de semana, já circulava informação de que o governador teria sido
citado pelo ex-diretor da Petrobras entre supostos envolvidos no pagamento de
propinas pela estatal. A acusação inclui depoimento de delação premiada do
ex-gestor, onde ele lista supostos beneficiados por pagamento de propinas na
estatal - entre eles o governador do Ceará. Cid nega a questão e se diz vítima
de “armação clara” por seus adversários políticos.
Em
sua decisão, o ministro não descarta irregularidades no vazamento da delação
premiada de Paulo Roberto Costa. Ele afirma, no entanto, que isto não poderia
ser base para proibir a veiculação do conteúdo.
Em
entrevista ao O POVO na noite desta terça-feira, o candidato do PMDB ao
governo, Eunício Oliveira, negou qualquer relação com a matéria. "Eu desafio
que alguém possa imaginar que eu seja acionista de qualquer revista ou de
qualquer jornal do Brasil", disse.
A
reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do governo do
Estado, mas não obteve resposta até este momento.
Fonte: O Povo
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