Lei da Ficha Limpa pode impedir candidatura de mais de 6 mil
O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Antonio Dias Toffoli,
recebeu hoje (24) uma lista com 6,6 mil nomes de gestores públicos que tiveram
contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A lista foi
entregue pelo presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, destacando que as
irregularidades apontadas podem levar à inelegibilidade.
A lista
não é declaração de inelegibilidade mas, segundo Nardes, tem sido usada como
principal recurso para os tribunais eleitorais negarem o registro de
candidatos, com base na Lei da Ficha Limpa.
“Além
do fato de ficar oito anos fora das eleições, eles têm [de pagar] as multas que
nós temos aplicado. Há casos de gestores que têm que assumir a responsabilidade
com seu patrimônio pessoal, além de funcionários públicos que são demitidos,
como há centenas de casos recentes”, disse o ministro.
As
pessoas que constam da lista podem sofrer impugnação de eventuais candidaturas
por iniciativa do juiz eleitoral, ou solicitadas por partidos políticos,
Ministério Público Eleitoral, coligações ou candidatos.
Entre
os citados na relação do tribunal estão funcionários públicos que ocupam cargos
de menor responsabilidade, até ministros e governadores. Eles poderão ter os
nomes excluídos da lista caso consigam decisão judicial ou liminar nesse sentido.
A impugnação das candidaturas depende, em última instância, da Justiça
Eleitoral.
A
unidade federativa com mais nomes listados é o Distrito Federal, que tem 729
gestores apontados como responsáveis por contas irregulares. Em seguida está o
Maranhão, com 513 nomes e São Paulo, com 485. Roraima é o estado com menos
gestores apontados na lista, com 97 nomes.
Os
relacionados na lista do TCU cometeram as chamadas irregularidades insanáveis
nos últimos oito anos, e tiveram negados todos os recursos possíveis no âmbito
do Tribunal de Contas da União. O pagamento do débito ou da multa imposta como
punição pelo TCU não implica retirada do nome do gestor da lista.
É dever
dos tribunais de contas encaminharem as listas até o dia 5 de julho do ano
eleitoral à Justiça Eleitoral. Os tribunais nos estados também estão fazendo
isso e têm recebido orientação do TCU para disponibilizarem os nomes dos
gestores citados na internet. Liberada para o público, a relação será
constantemente atualizada até fim do ano. Dessa forma, pessoas citadas que
conseguirem liminares na Justiça podem ter os nomes retirados e outras, cujos
recursos forem se esgotando, poderão ser acrescidas.
Fonte: Agencia Brasil
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