ZEZINHO ALBUQUERQUE DEFENDE PALANQUE ÚNICO E ALERTA: "ALGUÉM VAI TER QUE RENUNCIAR"
O presidente da Assembleia Legislativa (AL), José
Albuquerque, voltou a defender ontem, 9, em entrevista ao programa Sábado Show,
da Rádio Verdes Mares, a manutenção da aliança que governa o Ceará há cerca de
oito anos. No entanto, dessa vez, o deputado não ignorou a ameaça de ruptura
que se instaurou na coligação desde que o PMDB passou a fazer campanha própria
à vaga que fica aberta com o fim do governo Cid Gomes (Pros).
“Todos os partidos tem o direito de pleitear, tem o
direito de se candidatar. Precisa-se pensar no projeto, não nas pessoas. Quem é
a pessoa mais qualificada para esse projeto? Aí alguém tem que renunciar.
Alguém tem que dizer assim: ‘Olha, vou esperar mais um pouco, não é minha vez
agora”, pondera.
No grupo político dos irmãos Gomes, também compartilhado
por José Albuquerque, a composição da chapa majoritária para o pleito deste ano
é assunto vetado até o mês de junho. Mas, no ceio dos demais partidos
coligados, a eleição já começou e o PMDB se prepara para lançar - com ou sem o
aval do governador Cid, que vem administrando a aliança política no Ceará - a
candidatura do senador Eunício Oliveira no mês de abril.
A postura da legenda aliada é classificada como
“legítima” pelo presidente da AL, mas não deixa de ser uma “antecipação” que o
PROS pretende evitar. “Cada partido tem o seu presidente, tem o seu diretório.
Também são pressionados para saber se lançam logo candidato. Agora, nesse
momento, as atenções dos políticos que estão preocupados com o futuro do Ceará
têm que se voltar para os desafios que estão aí”, alfineta, elencando bandeiras
como a refinaria, o Ceará Sem Drogas e o problema da seca.
OS NOSSOS
Apontado como um dos principais quadros da sigla para
a disputa pelo Abolição, José Albuquerque falou ainda sobre a necessidade de ir
além da discussão em torno de nomes na hora do debate eleitoral.
“O Pros tem grandes nomes para governar o Estado, mas
nós temos toda uma coligação, que foi feita em 2006, onde todos os partidos
coligados tem nome. Então, não depende do candidato. Tem que ter um projeto e
haver uma discussão”, dispara.
Acrescentando que, na hora certa, o PROS vai sentar à
mesa para discutir quem é o seu melhor candidato para representar o projeto da
coligação nos próximos quatro anos. “O Pros tem que apresentar a sociedade um
projeto para dar continuidade ao que fizemos nestes últimos oito anos”, lança.
Quando questionado se estaria preparado para comandar
ele o “navio”, caso seu nome fosse o escolhido para a candidatura governista,
José Albuquerque nem titubeia: “Eu estou preparado para qualquer missão que o
partido possa vir a oferecer, mas sem nenhuma pretensão. O que eu quero é que
essa discussão só aconteça em junho, a discussão do candidato”.
*Com informações do
jornal Aqui CE desta segunda-feira (10).
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