SUCESSÃO DE CID: PROS JÁ COM CINCO PRÉ-CANDIDATOS
Em meio às expectativas para as eleições deste ano,
o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, admitiu que o partido vai
indicar o candidato à sucessão do governador Cid Gomes no Ceará. Em entrevista
ao Diário do Nordeste, ele disse que a candidatura no Estado integra o projeto
nacional da sigla de ter cinco candidatos a governador no País. Segundo o
dirigente, o próprio governador “admite” que indicará um nome do PROS e já
teria, inclusive, apresentado uma lista com cinco potenciais candidatos, entre
os quais estaria o prefeito Roberto Cláudio.
Na entrevista, Júnior também confirmou que o PROS
ocupará um dos ministérios do Governo Dilma Rousseff após a reforma ministerial
prometida, pela presidente, para as próximas semanas. O dirigente nacional do
partido de Cid disse que o desejo de todo o comando nacional da legenda é de
que o atual secretário da Saúde do Estado, Ciro Gomes, ocupe essa vaga, mas o
ex-ministro teria negado interesse em qualquer cargo federal. Apesar das
negativas, ele afirmou que o partido não tem “plano B” para a indicação e vai
insistir para que Ciro aceite o convite.
Eurípedes afirmou que, já nas negociações para a
ida de Cid e seu grupo do PSB para o PROS, em setembro de 2013, o governador
admitiu que indicará alguém do PROS para a sucessão dele. Cid teria apresentado
uma lista com cinco potenciais candidatos, na qual, além de Roberto Cláudio,
estaria o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque; o ex-ministro
dos Portos, Leônidas Cristino; o ex-secretário da Fazenda, deputado estadual
Mauro Filho; e o vice-governador, Domingos Filho.
Eunício
“Ele falou que seria um desses nomes, mas que só
iria decidir depois”, conta o presidente do PROS. A candidatura a governador no
Ceará já é, inclusive, contabilizada por Júnior como uma das cinco que o PROS
terá no pleito deste ano. As outras, afirma, serão do senador Ataídes Oliveira,
em Tocantins; do deputado federal Major Fábio de Oliveira, na Paraíba; do
deputado federal Miro Teixeira, no Rio de Janeiro; e do atual vice-governador
do Amazonas, José de Melo.
A declaração de Eurípedes Júnior vai de encontro ao
interesse do senador Eunício Oliveira (PMDB) de ter o apoio de Cid Gomes à sua
candidatura ao Governo do Estado, como o parlamentar já afirmou publicamente
diversas vezes. Apesar de o presidente do PROS admitir a indicação do partido
para a sucessão de Cid, o chefe do Executivo Estadual e o próprio Eunício,
ainda aliados, seguem com discurso de que só discutirão a aliança para o pleito
em março ou abril.
Como adiantado pelo Diário do Nordeste no último
dia 15 de dezembro, Eurípedes comentou ainda que Ciro Gomes negou o convite
para assumir ministério, alegando que participará ativamente da campanha para
sucessão do irmão; declaração que reforça a tese de indicação do PROS para a
sucessão de Cid.
“Desde o primeiro dia que vieram para o PROS,
sempre deixaram muito claro que não tinham interesse em assumir nenhuma vaga,
que o partido não precisava se preocupar com alguma cota para eles, mas que
apoiariam a presidente Dilma como candidata”, comenta o dirigente.
Plano B
Questionado sobre quem será o nome do PROS caso
Ciro não aceite o convite para o ministério, Eurípedes afirma que o partido não
tem “Plano B”. “Não abrimos mão do Ciro. Se não for ele, ainda não discutimos
quem será”. E acrescenta: “Acho que ele ainda vem. Tem um projeto hoje do
partido, ele tem que entender essa situação”, afirma.
Na avaliação do presidente do PROS, ao assumir um
ministério, Ciro dará maior visibilidade ao partido, o que ajudará a sigla nas
eleições deste ano. Ele alega ainda que a posse fortaleceria o nome do
secretário nas eleições de 2018, quando, segundo ele, o PROS pretende lançá-lo
candidato a presidente da República. “O PROS tem intenção de lançar candidato a
presidente, e o nome é o do Ciro, não tem outro nome”, afirma.
Eurípedes Júnior comentou que a presidente Dilma
aprovou a indicação de Ciro. “Estive com ela há cerca de 15 dias. Quando falei
que tinha o nome dele, ela gostou. Disse até que estaria ajudando o próprio
partido dela (PT), porque ela deve muito a eles, pela atitude que tiveram de
deixar o PSB e vir para o PROS apoiá-la”. E completa: “Pode ser da Integração
(Nacional), da Saúde, não sabemos ainda”.
Fonte: Diário do Nordeste
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