AÇÃO DE IMPROBIDADE DEVE ATINGIR GESTORES DE SOBRAL
O Ministério Público do Estado (MP-CE) e o Ministério Público do
Trabalho (MPT) anunciaram que, nesta semana, entrarão com ações de improbidade
e de reparação por danos morais contra gestores e ex-gestores do município de
Sobral, e contra duas cooperativas contratadas pela Prefeitura sobralense a
partir de 2006. As ações, resultado da Operação Carcará, identificaram suposto
desvio de R$ 2,7 milhões dos cofres públicos, além de indícios de
irregularidade em licitações, mão-de-obra fantasma e ausência de pagamento de
direitos trabalhistas. A contratação abrange as gestões do ex-prefeito Leônidas
Cristino (PSB) e do atual chefe do Executivo, Clodoveu Arruda (PT).
Segundo relatório do MP-CE e do MPT, a contratação da Coopreserv em 2006
e, posteriormente, da Cootrace, em 2011, possui indícios de fraude. Os MPs
sustentam que as duas cooperativas, que prestaram serviço de mão-de-obra, são
controladas pelo empresário Francisco Sérgio Aguiar, cujo grupo teria burlado o
processo licitatório e desviado parte do dinheiro recebido pela Prefeitura. Nos
últimos sete anos, as cooperativas receberam, juntas, cerca de R$ 45 milhões.
Os MPs afirmam que as cooperativas também deixaram de pagar benefícios
trabalhistas, que tiveram de ser bancados pelo município de Sobral após decisões
judiciais. Segundo o relatório da Operação Carcará, também foi constatada
existência de operários fantasmas, que sequer sabiam que faziam parte das
empresas e que tinham seus nomes usados indevidamente. Os MPs também afirmam
que não havia controle sobre a quantidade de cooperados e que os pagamentos
eram feitos sem referências de prestação de serviço.
O Povo
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