Rogério Ceni joga só até dezembro
A Libertadores havia sido cruel com Rogério Ceni na partida contra o The
Strongest. O veteraníssimo goleiro, maior ídolo da torcida, falhou
decisivamente no gol que derrubou o São Paulo para a terceira posição e colocou
o clube em situação dramática na última rodada. Mas o mesmo torneio que puniu
duramente o camisa 1 retribuiu da maneira mais espetacular que alguém poderia
imaginar. Foi dos pés do capitão que saiu a vitória diante do Atlético-MG, por
2 a 0, conquistada na noite da última quarta-feira, no Morumbi. A comemoração,
ajoelhado no chão e vibrando muito, ajudou a entender o que devia estar se
passando na sua cabeça nos últimos dias.
Rogério teria disputado na última quarta sua última partida de
Libertadores se o São Paulo não tivesse vencido. O goleiro deve se aposentar no
fim da temporada e não teria a chance de disputar a competição de que mais
gosta - e amargaria a eliminação vexatória no Morumbi, o mesmo palco em que foi
imortalizado levantando o troféu mais desejado do continente em 2005. Em campo,
ele pouco precisou trabalhar, já que o time tricolor teve uma atuação segura na
defesa. Sua função foi muito mais orientar e tranqüilizar os companheiros na
missão de tentar derrubar o até então 100% Atlético-MG.
O capitão, por sinal, tem uma relação antiga com o rival mineiro. Foi
contra o adversário que ele ultrapassou Waldir Peres como atleta que mais
vestiu a camisa do clube, em 2005. Seis anos depois, contra o mesmo adversário,
chegou à impressionante marca de mil jogos pelo time. Nesta quarta-feira,
acrescentou mais um feito maiúsculo à sua história e reconheceu que temeu se
despedir de maneira melancólica. "Pedi a Deus a chance de a bola do jogo
passar pelo meu pé. Passou pela cabeça que este seria o último jogo pela
Libertadores. Este será meu último ano de carreira. Agradeço muito aos torcedores
que vieram e abraçaram o time. Esse é o clube da fé. É o clube onde a moeda cai
de pé", ressaltou.
O goleiro reconheceu que, apesar de ter vencido, a equipe ficou devendo
na primeira fase, mas exaltou a raça dos companheiros. “Quando se ganha, o sacrifício
vale. O são-paulino está feliz, eu estou feliz. Hoje (quarta) foi espetacular.
Até falo que, tecnicamente, o Atlético é superior, mas no quesito alma hoje
isso aqui foi um banho.”
EMOÇÃO - Os jogadores não esconderam a comoção depois da partida. Muitos
desabaram no gramado, emocionados. Outros correram em direção à torcida e se
abraçaram. Ninguém parecia ser capaz de assimilar exatamente o que estava
acontecendo, enquanto a torcida gritava e aplaudia o esforço do time, que teve
uma demonstração de garra ainda não vista no torneio.
A partida também serviu como prévia do confronto das oitavas de final,
já que os clubes vão se enfrentar novamente. Fortalecidos pela vitória, os
jogadores acreditam que chegarão em condições melhores do que na primeira fase.
"Será outra história. Vamos com muito mais vontade do que hoje (quarta), a
torcida pode esperar”, falou Paulo Henrique Ganso.
Na próxima partida, o time tricolor ainda não poderá contar com Luis
Fabiano, que cumprirá o último jogo da suspensão imposta pela Conmebol por
causa da expulsão contra o Arsenal.
Por outro lado, terá o retorno de Jadson - e não perdeu nenhum atleta
por suspensão. As datas ainda não estão definidas, mas a série será iniciada no
Morumbi e encerrada no Independência, em Belo Horizonte.
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